Uma nova era chegou ao Cruzeiro Esporte Clube. Na tarde desta terça-feira (13), Rogério Ceni foi apresentado como novo técnico. Para celebrar as boas-vindas, o ex-goleiro ganhou uma camisa contendo o número 1. Em suas primeiras palavras, realçou a sua satisfação e almeja melhorar o desempenho do time cinco estrelas no Campeonato Brasileiro.

"Pra mim é uma honra, um orgulho muito grande. Um clube que enfrentei muitas vezes, me tirou títulos. Quem sabe a gente possa vencer juntos esse que falta na minha carreira (Copa do Brasil). Agradecer pela oportunidade. A camisa é lindíssima, o clube também, o centro de treinamento. Espero que a gente possa corresponder à expectativa. E tentar fazer com que o Cruzeiro, o mais rápido possível, suba na tabela de classificação. O momento em que ele se encontra não condiz com a história do clube".

Apesar de ocupar a zona vermelha na principal competição do país, a Raposa pode faturar um título: a Copa do Brasil. Ceni pontuou as dificuldades, mas a história poderá ter novos capítulos quando se trata do bicampeão.

"Isso aqui é um momento mágico na carreira de qualquer pessoa. de poder chegar num clube como o Cruzeiro, bicampeão da Copa do Brasil. Temos esse jogo contra o Inter, em Porto Alegre, com todas as dificuldades, favoritismo pelo resultado do primeiro jogo. Talvez tenha sido um dos grandes fatos que tenha me trazido aqui. Não se joga fora a oportunidade de ser campeão quando se trata de Cruzeiro. Vamos tentar nos reencontrar nessa competição, e principalmente no Campeonato Brasileiro".

Foto: Divulgação/Cruzeiro    

Tendo o estilo de jogo mais ofensivo, o comandante explicou que os desafios será durante os treinamentos. De acordo com ele, o elenco possui capacidade para que a implementação do novo sistema seja rápida. 

"Quando você repete muito treino, você vai automatizando, faz seu time jogar de uma maneira clara. Nós temos que tentar mudar aos poucos. Vamos tentar implementar o máximo possível a maneira como gosto de jogar. Se os jogadores quiserem comprar a ideia, capacidade eles têm. A ideia é fazer com que o time se adapte ou que a gente encontre a melhor circunstância para colocar esse time em campo. A ideia, sim, é de fazer um time cada vez mais rápido. É o modo que eu vejo futebol".

O Cruzeiro está há nove partidas seguidas sem vencer. Rogério Ceni buscou na sua memória os tempo de outrora, quando a equipe era uma das invictas devido a boa qualidade no ataque. O treinador espera reencontrar o ritmo no talento do elenco.

"Acho que todos os clubes têm suas falhas, todos os times têm seus buracos no campo de jogo. É uma coisa que eu já observei, falei com o Marcelo Djian (Diretor de Futebol), inclusive. A gente vai tentar trabalhar pra corrigir essas falhas, tentar melhorar a equipe em alguns aspectos. Eu conto muito com o talento individual de cada atleta. Talvez tenha sido um dos principais motivos para eu vir. Ver um elenco tão qualificado, que em algum momento perdeu o ritmo que vinha tendo no início do ano, que foi alucinante. Se eu não me engano era o melhor ataque do país, um time que ficou 21 jogos sem perder. Acho que é um grande desafio. E eu sou movido assim. Acho que o Fortaleza está redondo, montado dentro de campo. E agora a grande aventura passa a ser, aqui no Cruzeiro, tentar fazer o mesmo".

O primeiro desafio será o Santos, no Mineirão. Visando quebrar a série de jejum Ceni pediu a força da torcida celeste.

Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro   

"O que pode fazer a diferença neste jogo é justamente a força da torcida. O tempo de preparação pro time é curto, os atletas têm o talento individual, têm o conjunto do passado. Vamos tentar melhorar. A cada semana esse time tende a jogar da maneira que eu gosto. Mas o torcedor, sem dúvida nenhuma, é o que pode mover esses atletas para vencer uma equipe que, pra mim, é uma das mais ajustadas, das melhores, que jogam um futebol mais envolvente do país".