O jogo deste domingo (25) ficou marcado pela importante vitória do Vasco contra o São Paulo, a grande atuação da joia Talles Magno, a estreia do terceiro uniforme do Cruzmaltino e a nova iluminação de São Januário.

Porém, o jogo também teve seu ponto negativo. Aos 17 minutos do segundo tempo, o árbitro Anderson Daronco paralisou a partida por conta de gritos homofóbicos proferidos pela torcida vascaína. O técnico Vanderlei Luxemburgo e os jogadores do Vasco pediram para que os torcedores cessassem os gritos. Na súmula, Daronco relatou o ocorrido.

''Relato que aos 17 minutos do segundo tempo, houve um canto vindo da arquibancada da torcida do Vasco em que dizia: "time de viado". Aos 19 minutos do segundo tempo, a partida foi paralisada para informar ao delegado do jogo e aos capitães de ambas as equipes a necessidade de não acontecer novamente e para informar no sistema de som do estádio o pedido para que os torcedores não gritassem mais palavras homofóbicas. Foi arremessado no gramado fora do campo de jogo um copo plástico contendo líquido dentro na direção do banco de reservas da equipe do São Paulo após a marcação do primeiro gol da equipe do Vasco da Gama. Relato que o copo foi atirado da arquibancada com torcedores do Vasco da Gama localizada atrás do banco de reservas da equipe visitante. Informo também que após o término da partida, quando as duas equipes se dirigiam para os vestiários, houve um tumulto embaixo do túnel inflável, que não foi possível identificar os envolvidos devido a distância da arbitragem até o túnel, e pela grande presença de jogadores titulares e suplentes, membros de comissão técnica, diretores das equipes, seguranças e membros de imprensa trabalhando na partida.''

O ocorrido pode fazer o Vasco perder os pontos da partida. Isto ocorre porque o STJD informou que este comportamento pode levar a equipe a ser enquadrada no artigo 243-G do código disciplinar.

“Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”

Esta fiscalização em relação a homofobia atende a um pedido da Fifa por ações mais rigorosas por parte das entidades e a decisão do STF que aplica a crime de racismo para os casos de homofobia. Com isso, o STJD determinou que atitudes homofóbicas nos estádios são passíveis de punição e podem custar três pontos na tabela.

Ciente do acontecido, o Vasco soltou uma nota repudiando os gritos homofóbicos e prometendo combater a homofobia em seu estádio.