O Santos voltou a vencer após dois jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro. O triunfo por 1 a 0 sobre o Bahia, na Vila Belmiro, gol de Carlos Sánchez, em jogo válido pela 29ª rodada do Brasileirão, faz com que o Peixe continue na luta pelas primeiras posições do torneio.

O técnico Jorge Sampaoli concedeu entrevista coletiva após a partida e logo de início foi perguntado sobre sua permanência no Santos e se poderia assumir outro clube no Brasil.

"Expliquei: nós, como treinadores, nunca sabemos onde vamos estar. Por decisão da direção, que pode romper o contrato, ou do próprio treinador. Nunca se sabe, na realidade. É um clube que me deu a possibilidade e a felicidade de estar nesta cidade, pela qual tenho muita estima, muita alegria de ter passado o ano aqui. Eu me sinto um cidadão, sou parte da cidade de Santos. Tenho compromisso com o clube. Sobre o contrato, é um tema confidencial entre o presidente, a direção e eu. Nenhum treinador sabe o que vai acontece".

As declarações do Superintendente de futebol santista Paulo Autuori também foi tema da coletiva e Sampaoli não se esquivou em sua resposta.

"Tenho grande respeito por Autuori. É uma pessoa que hierarquiza a entidade, por sua história, honestidade. É uma pessoa que alentava a possibilidade de continuar um projeto exitoso no Santos. E esse tipo de coisa (informações vazadas)  faz pensar que a política está acima da instituições. É incômodo... Não se pode enganar as pessoas. Tem que ver a realidade. Tenho tentado me reunir com Autuori várias vezes, mas não temos claro o início de planejar o próximo ano. Não tenho claro. Me apresentaram o projeto com dificuldades para o próximo ano, mas não há claro se o clube terá recursos para transformar essa campanha deste ano, que para mim é excelente, numa busca por campeonato".

Um dos jogadores mais exaltados pelo técnico argentino foi o zagueiro Lucas Veríssimo, que segundo o comandante santista é um dos principais atletas na temporada.

"Veríssimo é um jogador incrível, com um ano incrível. É um dos pontos altos da equipe. É um dos jogadores que é preciso ficar para tentar coisa importante. Se os melhores se forem, e o Santos tiver que montar uma equipe nova, com a incapacidade financeira que teve este ano, vai ser loteria. Não sei se estarei capacitado para fazer o que fiz este ano, sofreria muito".

Sobre a conversa mais acalorada com torcedores durante o jogo, Sampaoli foi categórico.

"Me incomodei, qualquer pessoa que tenta provocar algum tipo de situação com pessoas do Santos me incomoda. Esse torcedor era do Bahia com a camisa do Santos".

"Trabalho para que me escale. Depende dele me colocar ou não"

Alguns jogadores falaram com a imprensa após o triunfo diante do Bahia. Lucas Veríssimo, um dos mais prestigiados do elenco, afirmou que a equipe tem totais condições de se classificar diretamente para a Libertadores 2020.

"Fui bem individualmente, o Santos foi bem coletivamente. Equipe foi muito bem. Estamos crescendo. Se continuarmos assim podemos classificar de forma direta para a Libertadores do ano que vem".

Marinho, atacante do Peixe, falou sobre as dores que sentiu durante o duelo e que o importante é vencer os jogos.

"Eu pedi para ser substituído, deu cãibra. Pé nem mexia. Não reclamei, não. Com um a menos não dava. Precisávamos de todos inteiros. Nem todo jogo vamos golear. Meio a zero é três pontos. Estamos pensando em vencer, não em dar espetáculo".

Carlos Sánchez, autor da gol da vitória santista, afirmou que não está feliz com a condição de reserva no elenco, mas que pode ajudar o Santos de todas as formas.

"Trabalho no dia a dia para que o técnico me escale. Depende dele. Temos que trabalhar sempre bem, sem cruzar os braços. Temos que ter tranquilidade, lutar, fazer um bom trabalho. Tenho que estar pronto e ligado para ajudar o time... Falo sempre com ele (Jorge Sampaoli). Nós temos boa relação. Se ele pensa em outro jogador que possa estar melhor ou com outra característica, tudo bem. Depende dele me colocar ou não. Quero somar. Apoiamos o trabalho dele".

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