O empate contra o Vitória dificultou bastante o sonho do CRB disputar a Série A depois de 35 anos. Para a equipe alagoana subir, será necessário vencer os três jogos restantes e torcer por combinações de resultados de América-MG, Atlético-GO e Paraná. Antes de pensar em outros clubes, é necessário fazer sua parte. O primeiro desafio será às 16h30 deste sábado (16), no Estádio Rei Pelé, em Maceió/AL, diante da Ponte Preta. O confronto é válido pela 36ª e antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro da Série B 2019.

O Galo venceu os dois últimos jogos como mandante e vai em busca do terceiro triunfo consecutivo, algo que ainda não aconteceu neste Brasileirão. O time ocupa a sétima colocação, com 51 pontos. Qualquer resultado que não seja a vitória elimina qualquer possibilidade de subir de divisão.

A Macaca começou a cair de rendimento justamente no primeiro jogo entre ambos realizado na cidade de Campinas/SP, quando os campineiros perderam por 1 a 0. Troca de treinadores, jogadores sem rendimento e dispensados resultaram na equipe jogar de maneira protocolar a reta final da competição, já de olho na temporada de 2020. No momento, a Ponte soma 44 pontos e está na 11ª posição.

Não desistir de sonhar

A missão no CRB é muito complicada, mas ninguém que vive o dia a dia do Galo diz que o acesso já é algo passado. Pelo contrário, a chance de 1% deixa o elenco confiante de que a situação pode ser invertida. Quanto à disponibilidade dos atletas para a partida, o zagueiro Victor Ramos cumpre suspensão por ter sido expulso na última rodada. Os goleiros Andrey e Vinícius Silvestre, o volante Ferrugem, o meia Felipe Menezes e o atacante Iago estão no departamento e não jogam mais em 2019.

Em entrevista coletiva, o técnico Marcelo Cabo afirma que buscar os 60 pontos é a meta atual para o encerramento da competição. Ainda que não venha o acesso, pelo menos o objetivo de fazer a melhor campanha do clube na história da Série B deve ser alcançado, segundo a ideia do comandante regatiano.

“A gente precisa emplacar essa terceira vitória em casa. Vamos enfrentar a Ponte Preta, um gigante do futebol brasileiro, uma camisa pesada. A gente não pode se embasar pelo último resultado da Ponte, que foi atípico. A Ponte Preta não é um time que perde de três em casa toda hora. Já trabalhei lá, conheço internamente o clube, fui vice-campeão da Sul-Americana pela Ponte Preta em 2013. Precisamos ter um nível de atenção muito alto porque é importante emplacar a terceira vitória dentro de casa”, disse.

Findar seca de vitórias

A Ponte Preta chegou a estar no G-4, mas a situação desandou de uma maneira a ter um aproveitamento de clube rebaixado nas últimas 19 rodadas. O time sofreu com sequências ruins de resultados e, agora, encara mais uma. São oito jogos sem vencer – seis empates e duas derrotas – e o sonho de voltar à elite ficou para o próximo ano. A diretoria e a comissão técnica já trabalham com o pensamento na próxima temporada.

O técnico Gilson Kleina não poderá contar com o atacante Marquinhos, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. Vico é o mais cotado para o substituir e formar dupla ofensiva com o centroavante Roger. Em compensação, o comandante campineiro poderá contar com o volante Lucas Mineiro, que volta de suspensão, e pode entrar no lugar de Washington ou Araos. A escalação é secreta, uma vez que mais jogadores com pouca minutagem podem ser testados. Artilheiro da equipe, o atacante Roger afirmou que não se pode jogar de maneira desleixada apenas porque o time não tem mais pretensões no campeonato.

“Vou buscar a artilharia. Óbvio que a primeira ideia era ter o acesso, mas a artilharia está bem viva. Precisamos acabar com honra, voltar a vencer, seja CRB, Sport ou Brasil de Pelotas. Acabar com um pouco de honra. Queria muito jogar uma Série A pela Ponte Preta em 2020. É brigar para buscar no próximo ano. Minha ideia é permanecer e fazer um grande 2020”, explicou.