O CSA poderia matematicamente confirmar o rebaixamento se perdesse a sexta partida consecutiva, mas mostrou a força de não desistir enquanto existem possibilidades. No confronto direto diante do Cruzeiro, disputado na noite desta quinta-feira (28), no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte/MG, os alagoanos venceram o jogo por 1 a 0, com gol marcado por Alan Costa. O jogo foi válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2019.

O resultado deu um fôlego extra, mas a situação permanece muito complicada. O Azulão do Mutange agora soma 32 pontos e permanece na 18ª posição. Para permanecer na elite do futebol nacional, precisa vencer as três rodadas restantes e torcer por novos tropeços de Ceará e do próprio Cruzeiro. A Raposa segue na degola, com 36 pontos, e se complica ainda mais para evitar o rebaixamento inédito em sua história.

A próxima rodada já será disputada nesse fim de semana. O CSA enfrenta o Bahia às 18 horas deste domingo (1º), no Estádio Rei Pelé, em Maceió/AL. Por sua vez, o Cruzeiro encara o Vasco da Gama no Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro/RJ, às 20 horas da segunda-feira (2).

CSA marca na única chegada real ao ataque

Diante de toda a situação e do estilo de jogo das duas equipes durante todo o campeonato, era evidente que o Cruzeiro teria as principais ações do jogo, teria maior posse de bola, circularia o jogo e usaria os lados do campo para armar as jogadas de ataque, principalmente com cruzamentos.  Do outro lado, o CSA jogaria por uma bola. Durante todo o primeiro tempo, os donos da casa pressionaram, mas finalizaram pouco na direção do gol, um problema crônico de toda a competição.

A primeira finalização cruzeirense no alvo veio aos 18 minutos, quando Thiago Neves abriu espaço na entrada da área, mas chutou fraco e rasteiro no meio do gol, o que facilitou a defesa do goleiro Jordi. Orejuela tentou levar perigo por meio dos cruzamentos, mas foi cortado pela marcação azulina. Thiago Neves cobrou falta, mas ninguém completou o lance. Aos 29, Pedro Rocha recebeu escora de Fred e bateu prensado, por cima do gol. Aos 35, a melhor chance. Pedro Rocha recupera posse de bola, faz triangulação e finaliza. Por muito pouco, a bola não entrou.

O CSA jogaria por uma bola. E o lance apareceu. Aos 42 minutos, Rafinha cobrou escanteio na área, Ricardo Bueno subiu para cabecear, Fábio espalmou nos pés de Alan Costa, que empurrou para o gol vazio e abriu o placar para o time marujo. Em contra-ataque, o clube poderia até ter marcado o segundo gol. Apodi avançou até a entrada da área, mas foi cercado pela marcação adversária e rolou para Ricardo Bueno. O centroavante ajeitou, dominou e chutou nas mãos do goleiro Fábio.

Pressão, pênalti perdido e arruaça

O gol desequilibrou o já fragilizado estado emocional dos jogadores da Raposa. O nervosismo estava evidente. Desde o primeiro minuto, os donos da casa intensificaram a pressão com mais cruzamentos, bolas alçadas na área e chutes a todo o custo. Logo no primeiro minuto, Egídio cruzou da esquerda, Alan Costa afastou e Ezequiel chutou forte para Jordi espalmar. Nos primeiros dez minutos, Thiago Neves fez três cruzamentos e a defesa azulina levou a melhor em todos os lances. Depois, o camisa 10 cobrou falta com perigo e Jordi espalmou.

Aos 15 minutos, veio o lance que desencadearia a exposição de todas as mazelas e de como a situação raposeira é complicada. Pedro Rocha avançou pela esquerda e caiu depois de dividida com o zagueiro Alan Costa. Após análise junto com a arbitragem de vídeo, a marcação de campo foi revertida para penalidade máxima. Quatro minutos depois, Thiago Neves deslocou Jordi, mas mandou à esquerda do arqueiro marujo, para fora. Minutos depois, Rafinha cobrou falta e acertou a trave, em uma jogada que complicaria ainda mais a situação mineira.

Robinho entrou no intervalo e chutou de fora da área. Jordi mais uma vez apareceu para fazer boa intervenção. Com poucos minutos em campo, Sassá recebeu cruzamento na área, dominou, girou e bateu para mais uma vez o goleiro do CSA sobressair. Aos 29 minutos, sinalizadores foram acesos atrás da meta defendida por Jordi e foram arremessados ao campo. Com muita fumaça e confusão nas arquibancadas após intervenção militar, o jogo ficou paralisado por três minutos. A reta final do jogo não acalmou em nada a torcida, que passou a protestar de maneira mais acintosa. Nos minutos finais, mais bolas na área, cortes da defesa e defesas de Jordi. Ao fim das contas, o Azulão do Mutange mostrou que a esperança permanece, com fôlego renovado.