A informação veiculada há um certo tempo na imprensa baiana e paulista foi confirmada na tarde desta segunda-feira (6). O atacante Clayson deixou o Corinthians e foi oficialmente transferido ao Bahia. O jogador de 24 anos custou R$ 4 milhões aos cofres tricolores, que adquiriram 40% de seus direitos econômicos, e assinaram contrato com duração até dezembro de 2022. Por sua característica de jogo, em atuar pelo esquerdo do ataque com muita velocidade, além de ser um jogador exímio em assistências, pode encaixar muito bem no esquema tático do técnico Roger Machado, que perdeu Artur Victor, negociado pelo Palmeiras junto ao Bragantino.

Clayson foi revelado nas categorias de base do União São João, onde subiu ao time profissional em 2013 e, em seguida, foi negociado ao Ituano. Após dois anos e meio, passou a jogar na Ponte Preta. No time de Campinas/SP, ganhou mais projeção, principalmente no Campeonato Paulista de 2017, quando a Macaca chegou à decisão, mas ficou com o vice-campeonato após o Corinthians ser campeão. Logo após tal competição, o Timão trouxe o atleta. Começou bem, foi muito utilizado no período que ficou na equipe, mas caiu em descrédito com a torcida. Ainda assim, foi o líder de assistências na temporada de 2019 junto com o meia Sornoza, 11 ao total.

No Alvinegro do Parque São Jorge, foram 135 jogos e 14 gols marcados. Conquistou o Campeonato Brasileiro de 2017 e o Paulista de 2018 e 2019. Enquanto o Bahia afirma ter adquirido 40% de seus direitos, o Corinthians divulgou uma nota e disse que vendeu 20% e manteve os outros 20% sob sua posse.

Chegada e partida

O dia foi histórico para o Bahia. Foi a inauguração das dependências de sua nova casa, o Centro de Treinamento Evaristo de Macedo, em Dias D´Ávila, a 56 quilômetros de Salvador. Por isso, a diretoria esteve na Cidade Tricolor e concedeu entrevista coletiva. Como não poderia ser diferente, o assunto mais questionado foi os nomes que poderiam chegar ou sair do Esquadrão. A situação de dois jogadores foi explicada com mais clareza: Edigar Junio e Yuri.

No caso do atacante, poderia haver um retorno ao clube, uma vez que o empréstimo junto ao Yokohama Marinos se encerrou fim de 2019. Porém, o presidente Guilherme Bellintani afirmou que, a pedido do clube japonês e por ser uma escolha que beneficiaria todas as partes envolvidas, o vínculo de Edigar Junio com o Bahia foi ampliado para o fim de 2021 e o atleta retorna ao Japão.

“Vai por um empréstimo remunerado. Entendemos que era necessário. Não podemos falar valor por sigilo contratual, o que não é hábito do Bahia. O jogador que queria ficar lá, foi bom para todo mundo. Renova por mais um ano e foi condição para fazer o empréstimo”, disse.

Sobre o volante que voltou após uma temporada no futebol asiático, Bellintani falou que nenhuma proposta chegou para adquirir o atleta, é um jogador que será utilizado pelo técnico Roger Machado durante a temporada e será inserido na equipe selecionada para disputar o Campeonato Baiano a partir do próximo dia 15.

“A pretensão é que Yuri fique. Não chegou proposta que justifique fazer negócio. Está há sete anos no clube, pretendemos que fique para ser um dos pilares do time B e eventualmente suba para o time A, já que Roger Machado gosta dele. Para primeiro volante não temos um número de jogadores suficiente para uma jornada como a nossa”, concluiu o mandatário.