Na última segunda-feira (6), o elenco do Palmeiras se reapresentou na Academia de Futebol para iniciar a preparação para a temporada de 2020. Nessa apresentação, uma novidade que não acontecia há muito tempo: novos jogadores apenas da base. Sem contratações até o momento.

Desde a nova era no clube paulista, a política de contratações do alviverde foi de um número excessivo de chegadas. Mais de 70 jogadores foram contratados desde 2015 pelo clube alviverde.

Muitos deles deram certo, como Mina, Vitor Hugo, Dudu, Bruno Henrique, entre outros. Muitos não vingaram, como Carlos Eduardo, Leandro Almeida, Lucas Lima, etc. E, por fim, muitos nem serão lembrados durante as conversas sobre essa nova fase alviverde, como Ryder Matos, Felipe Pires e Kelvin.

Mas, para 2020, as novidades trazidas por Anderson Barros são apenas jogadores das categorias de base que foram promovidos. Patrick de Paula, Gabriel Menino, Alan e Ivan Angulo são alguns dos nomes. Gabriel Veron, o mais conhecido entre os que chegam da base já atuou em 2019, mas também será uma novidade para 2020.

Isso evidencia uma nova forma de pensar futebol no clube paulista: poucas contrações, sendo elas certeiras, e mais atletas da base. Até o momento, sendo completamente ambíguo aos anos anteriores, o Palmeiras não anunciou nenhuma contratação para 2020. Apenas os meninos da base são novidades no elenco, além de algumas saídas já sacramentadas.

Mas por que isso está acontecendo?

Dentro do Palmeiras, se acredita que é necessária uma mudança de filosofia de trabalho. A filosofia se baseia em um futebol para frente, ofensivo, com muitos garotos sendo mesclados com jogadores mais experientes.

Esse futebol e mescla de jogadores será feita por Vanderlei Luxemburgo, que tem histórico de lançar atletas das categorias de base e de ser um treinador “não retranqueiro”, famoso por times fortes no ataque.

Isso pode ser bom para o Palmeiras. O excesso de contratações dos últimos anos, consequentemente, trouxe um excesso de gastos. No último ano, o Palmeiras teve seu balanço divulgado com um déficit de 36 milhões de reais (até setembro).

Com uma política de menos gastos, o Palmeiras poderá aproveitar mais os garotos da base, como já está sendo feito. Além disso, quando for ao mercado, o clube alviverde não poderá contratar jogador sem um critério fixo, pois o mínimo erro pode custar caro, dinheiro que o clube já não possui.

Em 2019 foram 11 contratações. Em 2020, até o momento, nenhuma, além de algumas saídas, como Borja, Thiago Santos e Antônio Carlos. Dois extremos que claramente não agradam a torcida. Só o tempo poderá dizer se o Palmeiras leva o caminho certo, mas com nomes como Gabriel Veron, existe a possibilidade de um time forte e com potencial de faturamento no futuro.