O vice-presidente geral do Fluminense, Celso Barros, criticou os dirigentes de Flamengo e Vasco após a reunião que tiveram com o presidente Jair Bolsonaro para tratar da possibilidade de retomar as atividades presenciais em Brasília mesmo com a pandemia do novo coronavírus.

A declaração do dirigente Tricolor, que é médico pediatra e ex-presidente da Unimed-Rio foi dada em uma rede social.

No Rio de Janeiro, que é a base desses dois clubes, as mortes não param de crescer. (...) Com todo o respeito, penso que o Vasco e o Flamengo prestaram um enorme desserviço à população carioca e brasileira, ao procurarem endossar que tudo isso não passa de uma "gripezinha" e que, no caso deles, significa retornar as atividades, desrespeitando os atletas, funcionários e suas famílias” disse Celso Barros.

Ainda segundo Celso Barros a reunião foi contrária ao isolamento social, assim como tem sido a posição do Governo Federal. E classificou como um “enorme desserviço” à população carioca e brasileira. Além de reforçar, erroneamente, que se trata apenas de uma “gripezinha”. Encerrou dizendo que a retomada das atividades seria também um desrespeito aos atletas, funcionários e suas famílias.

Confira abaixo a nota na íntegra:

"Hoje tomamos conhecimento de uma reunião em Brasília, dos presidentes do Flamengo e do Vasco, com o presidente Jair Bolsonaro.

Certamente ocorreu uma discussão sobre a volta do futebol no Brasil. Esses clubes, que tem um enorme número de torcedores, passaram para todos discurso contrário, a princípio, ao distanciamento social. Esta tem sido uma defesa do Governo Federal, que é contrária a todas as lideranças mundiais.

No Rio de Janeiro, que é a base desses dois clubes, as mortes não param de crescer. Em entrevista, o prefeito do Rio diz que não poderão existir treinos e convida os clubes a ouvirem a Bia, que contraiu o COVID-19 e graças a Deus já se recuperou. Bia era ou é a Secretária Municipal de Saúde. Salientou ainda que ela é rubro-negra.

Com todo o respeito, penso que o Vasco e o Flamengo prestaram um enorme desserviço à população carioca e brasileira, ao procurarem endossar que tudo isso não passa de uma "gripezinha" e que, no caso deles, significa retornar as atividades, desrespeitando os atletas, funcionários e suas famílias.

Que Deus nos proteja!"

Dirigente do Botafogo também se manifesta

Anteriormente, Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente e membro do comitê gestor do futebol do Botafogo, também se manifestou contra a iniciativa dos rivais. Segundo ele, não há justificativa para a volta do futebol. Já que o número de mortes vem crescendo no Brasil por conta do vírus. E definiu a reunião como “atitude de time pequenininho”.

Os clubes têm que ser grandes dentro e fora de campo. É uma atitude de time pequenininho. Eles podem se tornar homicidas forçando uma barra dessas. Quem vai se responsabilizar se um atleta ou um funcionário passar para um membro da família, alguém em casa? Que protocolo é esse? As pessoas vêm treinar e, quando voltam, podem estar contaminadas” declarou.

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