Goleiro experiente de 32 anos, João Carlos nasceu em Paranavaí, no Paraná. Começou no Athletico-PR e soma passagens por Ipatinga, Atlético-GO, Fortaleza, Nacional-MG, Boa Esporte, Ponte Preta, CRB e CSA antes de ir para o Cuiabá no começo de 2020. E logo depois que fez sua estreia no clube mato-grossense, a pandemia do novo coronavírus tomou conta e interrompeu as atividades do futebol brasileiro, inclusive a caminhada em busca das metas do clube.

Em entrevista exclusiva à VAVEL Brasil, João Carlos falou sobre os objetivos da diretoria cuiabana, exaltou a organização da equipe em meio ao padrão desestruturado da Série B e explicou o motivo de ter saído de Alagoas para jogar no Mato Grosso. O goleiro também falou sobre a volta do futebol alemão, além de opinar a respeito de um possível retorno às atividades aqui no Brasil. Confira a entrevista com o arqueiro do Cuiabá:

VAVEL BrasiL: Depois de conquistar a Copa Verde em 2019, quais são os objetivos traçados pela diretoria e comissão técnica do Cuiabá pra esse ano? Houve alguma adaptação por conta da pandemia?

João Carlos: "O Cuiabá tem a intenção de conquistar mais um título mato-grossense para manter a hegemonia no clube aqui no estado. Também tem intenção, vão buscando jogadores que tenham condições de montar um grupo forte, condições de buscar um possível acesso para a Série A."

Quais são as projeções do Cuiabá para o futuro, os planos a longo prazo? A diretoria comenta esses desejos com os jogadores?

"É um clube ambicioso, tem uma diretoria ambiciosa. Pessoal aqui tem grandes empresas, são donos de grandes empresas, é um pessoal que tem ambição, que tem uma maneira de trabalhar muito peculiar. Então eles têm sempre uma meta alta aqui. Por mais que o Cuiabá tenha subido recentemente pa anora a Série B, o objetivo e a meta deles a médio e a longo prazo é subir para a Série A. Essa é a grande meta do Cuiabá."

Como está sendo a preparação dos jogadores sem poder ir ao CT?

"A preparação está sendo online. A gente tem treinado todos os dias às 16h, online, com os preparadores físicos. Eles montam os treinamentos. O Cuiabá disponibilizou aparelhos de academia para a gente poder fazer um treino funcional, um treino de força. O clube passou entregando o material em cada casa de atleta para que a gente possa fazer um trabalho de qualidade."

Foto: Reprodução / Cuiabá EC
Foto: Reprodução / Cuiabá EC

Vasco e Flamengo voltam aos treinos. Grêmio, Inter e Atlético-MG também, além de outros clubes. Na sua opinião, o futebol não poderia segurar um pouco o retorno para poder preservar a saúde de jogadores, familiares e outros funcionários do clube?

"Os clubes e os atletas tomando todas as precauções necessárias, cumprindo os protocolos que os órgãos de saúde determinam, eu creio que tem condições de voltar, sim, como outras frentes, comércios, outros ramos... Já está acontecendo. Se oc clubes e os atletas cumprirem rigorosamente os protocolos, a gente tem condições de voltar com mais segurança, para o atleta e para a família."

Futebol alemão voltou com uma série de medidas protetivas. Você está acompanhando o Campeonato Alemão? O que está achando?

"Estou contente que o primeiro passo tenha sido dado. Tenho acompanhado. Estão cumprindo rigorosamente os protocolos de saúde lá. É claro que os clubes alemães têm uma estrutura considerável. Estou achando bom, é uma vitória já, uma pequena vitória contra o vírus. É um pouco estranho a gente acompanhar todos os jogos sem torcida, falta a emoção a mais que a torcida causa. A torcida, na verdade, é quem faz o futebol, mas dentro desse cenário que nós temos hoje, eu fico contente. É um pequeno passo que nos dá esperança de conseguir dar esse passo tembém."

Mesmo tendo jogado pouco até aqui, o que você já conseguiu perceber sobre o peso do clube para a cidade? A população de Cuiabá realmente abraça a equipe?

"Cheguei faz pouco tempo, mas já percebi que o torcedor, o pessoal da cidade tem um carinho muito grande pelo clube, apesar de ser um clube novo, que se formou em 2001. É claro que na cidade tem muitos torcedores que torcem por clubes de fora [do estado], mas mesmo assim todos têm um carinho enorme pela equipe daqui e torcem pelo sucesso da equipe do Cuiabá, pela cidade e pelo que o pessoal da diretoria está fazendo na cidade e no clube. Então percebi, sim, um carinho muito grande em relação à torcida."

Por que você assinou com o Cuiabá?

"Vim para o Cuiabá porque o Cuiabá me procurou. O Cristiano [diretor do clube] me ligou ano passado e conversou bastante. Todas as informações que recebi do Cuiabá foram positivas. O Cuiabá me ofereceu um contrato de dois anos, o que significa que o clube tem uma projeção, que o clube tem uma organização. Nos clubes da Série B é difícil você fazer um planejamento a longo prazo, e um clube que consegue fazer um contrato um pouquinho mais longo já se percebe que tem esse planejamento a longo prazo. Tenho muitos amigos que jogaram aqui, que jogam aqui, aí busquei informações e vi que era uma cidade boa e que o clube fornecia tudo que era necessário para desenvolver o futebol. Tudo isso me agradou. Conversei com minha família e resolvi vir para cá."

Qual sua mensagem para a torcida do Cuiabá em meio a tudo isso?

"Minha mensagem para o torcedor do Cuiabá é um pedido: que continue com o carinho que tem com o clube, que continue com esse apoio mesmo com o futebol voltando de portões fechados, porque a gente sente esse carinho. Com isso, o torcedor pode ter certeza que nós os jogadores, vamos fazer de tudo pelo Cuiabá e vamos nos esforçar ao máximo para honrar a camisa e para honrar a cidade."

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