Nesta terça-feira (02), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o desligamento do dirigente Marco Aurélio Cunha da coordenação das Seleções Brasileiras Femininas. Em nota, a instituição ressaltou a importância do colaborador para a reestruturação da modalidade.

“O Marco Aurélio fez um trabalho admirável no desenvolvimento do futebol feminino, que hoje é uma prioridade dentro da CBF. Fui testemunha de sua competência, dedicação e do seu comprometimento ao longo desses anos de convivência. Sabemos que o Marco tem outros projetos e entendemos conjuntamente que havia chegado o momento dele sair. Fica o meu agradecimento, com a certeza de que suas qualidades pessoais e profissionais ficarão marcadas na Seleção Brasileira Feminina”, disse o presidente Rogério Caboclo.

Em entrevista ao blog Dona do Campinho, Marco Aurélio falou que não seria correto seguir na gestão da instituição e ao mesmo tempo concorrer à presidência do São Paulo

“Primeiro acho que cumpri um ciclo grande de cinco anos. Queria fazer Olimpíada mas ficou para ano que vem e sob incerteza. Espero estar como torcedor. Não ficaria bem eu estar articulando como pré-candidato do São Paulo dentro da CBF. Por uma postura ética optei por ter isenção e eticamente fazer parte dessa eleição sem constrangimento. Obviamente sempre vou respeitar a CBF, mas lá não posso estar em dois lugares ao mesmo tempo. Era o momento, aproveitando essa parada do futebol. Pra mim seria cômodo ficar. Mas não achei justo. Sendo que haveria uma eleição e eu como candidato ou apoiador”, disse. 

Foram cinco anos gerindo as seleções femininas do país. Ao longo desse tempo, ganhou diversos títulos. Entre eles, estão: Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americano (2015),  Copa América do Chile (2018), Sul-Americano Feminino Sub-20 (2015 e 2018), Sul-Americano Feminino Sub-17 (2018) e muito mais.