Os jogadores do futebol brasileiro já se posicionaram a respeito da mudança da pausa entre os jogos para 48 horas, previsto no protocolo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o retorno dos jogos. Os atletas desejam a manutenção do intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas.

Essa pausa foi aprovada em um acordo entre a CBF e a Federação dos Atletas (Fenapaf), há três anos. Em caso de descumprimento, a determinação prevê multa de R$25 mil, como o presidente da Fenapaf, Felipe Augusto, explicou para o "Globoesporte.com".

"Nós fizemos a consulta. Todos disseram não. Não pode haver jogo com intervalo inferior a 66h. A Fenapaf não está autorizada a quebrar o acordo, pois a categoria não aceita. É para cumprir o acordo assinado em Campinas, há três anos, que se estendeu para todo o Brasil".

Em vista da recusa do intervalo de 48 horas, a CBF já estuda outras alternativas junto aos  clubes. A entidade não parece abrir mãos de partidas a cada dois dias para tentar fechar o calendário até janeiro de 2021.

Entre as propostas está sendo debatido o uso de elencos alternativos entre cada duelo. Assim os atletas teriam a folga mínima de 66 horas e haveriam jogos no período desejado pela CBF. O presidente da Fenapaf falou sobre esta sugestão.

"Se um clube deseja jogar no intervalo diferente, pode jogar, desde que os atletas não sejam os mesmos. Ou seja, eles podem fazer como entenderem para fechar o calendário, mas não com os mesmos atletas. Se houver jogos com os mesmos atletas, a Fenapaf irá comunicar ao TRT, da 15ª região que o acordo não está sendo cumprido".

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