A pandemia do novo coronavírus e a volta do futebol ainda causa bastante polêmica na sociedade brasileira, que já perdeu mais de 50 mil vidas por conta do vírus. Protagonista da situação até o momento, o futebol carioca volta em meio ao pico da doença no país. Já um pouco mais para cima do território nacional, a Copa do Nordeste ainda se organiza para retomar seus jogos, inclusive, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) admite a possibilidade de uma sede única para o resto da competição regional. Assim, o debate sobre a essencialidade do futebol na esfera social ganha novo episódio, e o treinador do Fortaleza, Rogério Ceni, falou sobre o assunto.

Em entrevista ao canal do Fortaleza no YouTube, o ex-goleiro pediu cautela ao momento destacando que as vidas das pessoas precisam ser a prioridade:

"É muito difícil saber falar sobre isso [volta do futebol], porque nos preocupamos primeiramente com a vida do ser humano, e o futebol, em tese, não é algo essencial, é algo secundário, entretenimento. Entendo que é muito importante para o restante da população ficar em casa, assistir ao futebol, ajuda a gerar sentimentos, mas em contrapartida não sei se todos os clubes estão prontos para a volta neste momento."

Sem ter pressa. Assim que Rogério Ceni indica a condução da retomada do futebol no país. Ele também contou na entrevista que é difícil até motivar os atletas em meio à incerteza de quando o calendário das competições voltará ao normal:

"Tem que pensar [na volta] bem, com calma, ver a saúde de cada estado antes de iniciar o campeonato. Os jogadores estão com muita vontade de voltar a jogar, estão fazendo treinamentos físico, havendo distanciamento mínimo. Até o fato de não ter uma data já prevista é difícil para motivar um atleta, porque não se consegue dizer 'daqui 30, 40 dias começa', mas é completamente compreensível diante do que o Brasil e o mundo vêm passando."

Então, é com esse clima longe de ser o ideal num esporte coletivo que o as equipes de futebol tentam manter o bom nível físico e técnico enquanto os campeonatos não voltam à ativa.

Assista à entrevista na íntegra: