Presidente do Conselho Deliberativo do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia tem seu gênio forte e uma postura firme. E essa reputação não poderia passar em branco quando o assunto é passar para outro local os jogos nas cidades que ainda não autorizarem eventos esportivos, tendo em vista que o Brasileirão Série A pode começar na segunda semana de agosto.

Agora, Petraglia se pôs contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em um dos pontos discutidos para a realização do Campeonato Brasileiro. Ele não aceita que os clubes sejam obrigados a levar os jogos como mandantes para fora da cidade caso as prefeituras locais impeçam a realização de eventos esportivos por conta da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o dirigente em entrevista à Tribuna do Paraná/Gazeta do Povo, a entidade máxima do futebol brasileiro está responsabiliza times que estão impedidos de treinar por alguma determinação municipal ou estadual. Para Petraglia, tal medida desequilibra o campeonato, alegando que fora de suas cidades, os clubes teriam desvantagens dentro e fora de campo, citando o Athletico-PR, clube que comanda.

"A CBF pôs em votação com 80% das cidades estando liberadas. As que, porventura, estiverem impedidas para treinamentos e jogos, o problema será do clube, que encontre uma outra cidade para treinar e jogar. Não podemos aceitar que o Athletico, como proposto pela CBF, vá treinar e jogar fora da sua cidade e estádio. O prejuízo técnico, performance e financeiro seria muito grande. Como temos as principais capitais liberadas, ou prestes a serem liberadas, caso de São Paulo, no nosso entendimento é totalmente injusto o início do campeonato com essa determinação", argumentou.

Na última quinta-feira (25), representantes dos 40 clubes das Séries A e B fizeram uma videoconferência e ficou estabelecido que as duas divisões nacionais começarão no fim de semana dos dias 8 e 9 de agosto. Sobre o mando de jogos em cidades que estão proibidos eventos esportivos ainda cabe mais negociações. Entretanto, se 80% dos clubes concordarem com a proposta inicial da CBF em levar a partida para outro município caso haja proibição, os contrários terão que aceitar a decisão da maioria.