A missão era colocar em prática a famosa "lei do ex"! Sem o suspenso Gabigol, Pedro teve a responsabilidade de ser o homem do Flamengo entre os zagueiros do Fluminense na segunda final do Campeonato Carioca 2020. Diferentemente da primeira decisão, onde marcou um dos gols da vitória por 2 a 1, o camisa 21 não conseguiu ter um bom desempenho, nem diretamente nem taticamente.

Sua função era finalizar as jogadas que chegara nele e, também, abrir espaço para infiltrações de jogadores que vêm de trás. Gabigol fazia isso muito bem até começar a entrar na fase de "seca". É claro que aquele Flamengo do ano passado não foi visto nos três últimos Fla-Flus, mas isso não justifica Pedro ter sumido do jogo desta quarta-feira (15).

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Um centroavante não vive só de gol no futebol moderno, se fosse por isso, o único chute que ele deu de forma perigosa, ainda no primeiro tempo, seria um bom pretexto para avaliá-lo sob o muito dito "quase, já que a bola passou lambendo a trave direita de Muriel. No esquema tático de Jorge Jesus, o centroavante também tem a missão de às vezes sair da área para dar espaços às jogadas diagonais de Bruno Henrique e entrada de Arrascaeta na grande área. Isso não foi feito pelo ex-Fluminense.

Individualmente, Pedro poderia ter sido melhor. Dos 19 duelos, ganhou apenas sete (cinco no chão e dois pelo alto). É claro que nada disso é motivo para crucificação do atacante — longe disso. Entretanto, é um aviso para que o ofensivo saia da zona de conforto em momentos e jogos importantes.

Agora, com o retorno de Gabigol para o lado de Bruno Henrique, Pedro precisa seguir em boa forma física e técnica, além de se entrosar mais junto ao estilo do Mister, mesmo que o técnico português esteja de saída.