Com a confirmação da saída do treinador português Jorge Jesus do Flamengo rumo ao Benfica surge uma dúvida na cabeça do torcedor rubro-negro. Quem será o substituto do Mister? Bom, no âmbito nacional, além de Renato Gaúcho o outro nome citado é do argentino chará de Jesus, Jorge Sampaoli, que assumiu recentemente o Atlético-MG.

Falando especificamente do argentino, vou destrinchar o assunto Jorge Sampaoli no Flamengo. Ele toparia trocar o ambicioso projeto do Galo, com a construção do novo estádio (a Arena MRV) e chegada de reforços, para assumir o rubro-negro carioca? Bom, por motivos óbvios apenas ele mesmo poderia responder essa pergunta. Mas, com a vivência sobre futebol alguns fatores podem clarear um pouco essa pauta. Então vamos lá!

Primeiro ponto importante que me faz acreditar que o argentino NÃO irá trocar o Atlético pelo Flamengo é pelo simples fato de ter feito apenas um jogo no comando do clube. Vale lembrar que o Galo anunciou a contratação do técnico no dia 01/03, pouco antes do início da pausa do futebol, por isso ele comandou a equipe em apenas uma oportunidade, no dia 14/03 diante do Vila Nova-MG, pelo Campeonato Mineiro. E estreou vencendo por 3 a 1. 

O segundo e importantíssimo ponto é devido ao esforço que a direção do clube mineiro vem fazendo para cumprir as exigências de Sampaoli. Seu antecessor no comando do Galo, Rafael Dudamel, até tinha certo prestígio, teve alguns dos pedidos por reforços atendidos, mas não tem nem de perto a moral que o argentino tem em Belo Horizonte. Nada assustador, diga-se, visto que com o limitado elenco do Santos no ano passado, Jorge foi capaz de beliscar um vice-campeonato brasileiro. Além claro, de trabalhos memoráveis na Universidad Chile e Seleção Chilena, um bom trabalho no Sevilla e uma passagem não tão marcando no comando da Seleção Argentina.

O currículo por si só o credencia a ter a moral que lhe foi dada. Aprofundando melhor qual é realmente o tamanho dessa dita moral, vamos falar da carta branca que foi entregue a Sampaoli pela direção mineira. Logo em sua chegada uma lista de dispensa foi logo divulgada, e com alguns nomes importantes nela. Jogadores como Ricardo Oliveira e Franco Di Santo não só estavam na lista como realmente deixaram a Cidade do Galo, realizando o desejo do argentino. Agora falando mais precisamente de reforços. Durante a pausa por conta da pandemia foram seis jogadores novos que desembarcaram na terra do pão de queijo.

Os seis nomes são: os zagueiros Bueno (vindo por empréstimo do Kashima Antlers-JAP) e Alonso (vindo do Lille-FR), os volantes Léo Sena (ex-Goiás) e Alan Franco (ex-Independiente Del Valle-EQ) e os atacantes Marrony (ex-Vasco) e Keno (ex-Pyramids-EGI). Além disso, o meia Nathan, que estava emprestado ao clube desde o ano passado, e que pertencia ao Chelsea-ING, foi comprado em definitivo.

No total, o clube mineiro desembolsou R$ 85,7 milhões. Apesar disso, vale lembrar que “apenas” 7 milhões foram do caixa do Galo, o restante foi pago pelo empresário Rubens Menin, principal patrocinador da atual gestão. Mas, claro, futuramente esse valor terá que voltar de alguma forma, então mesmo sendo depois, vai pesar no balanço financeiro do clube.

O terceiro e último ponto seria em questão de bom senso. Claro, não é uma coisa que dá pra contar sempre, já que nem todos seguem a risca, mas tratando-se de um treinador renomado no mundo do futebol acredito que pesa. Como já mencionado, o argentino comandou a equipe em apenas uma partida e seu pedido por reforços foi atendido. É uma situação diferente da do português Jorge Jesus, que apesar de ter renovado recentemente já estava no clube há um ano e um mês (completado recentemente). Portanto, apesar de existir a multa rescisória de cerca de 2,5 milhões de euros no contrato do técnico, avaliando o contexto geral, Sampaoli deve seguir no Atlético-MG.