Fora do Paulistão, o São Paulo convive com um jejum de títulos desde 2012 e o próximo desafio é o Campeonato Brasileiro, que começa neste final de semana. Apesar da eliminação precoce para o Mirassol nas quartas de final, Daniel Alves pede paciência para o trabalho de Fernando Diniz.

"Ainda estamos buscando uma explicação para o que aconteceu, mas o resultado não foi satisfatório, foi um baque. Falam que é um dos piores momentos do São Paulo porque perdeu para um catado. Isso não existe, são dois times profissionais se enfrentando. Para nós, foi impactante porque vínhamos numa crescente e tomamos essa. O time não joga há cinco anos junto, está construindo uma nova filosofia, um estilo de jogo. Não adianta fazer um trabalho perfeito se o resultado não vier. Nosso clube está precisando de conquistas para voltar a sorrir, o torcedor quer sentir orgulho de ser são-paulino. Nos últimos jogos aconteceu esse 'X' a nossa caminhada, mas isso não pode mudar o que fazemos no dia a dia, isso é o único caminho para mudar a história do São Paulo. A temporada só acaba em fevereiro, estamos no meio de um processo", resumiu o camisa 10 do tricolor paulista.

Em 14 jogos nesta temporada, o São Paulo venceu sete, empatou três e perdeu quatro. "Poucos clubes no Brasil possuem essas instalações, uma ideia de trabalho que atende aos conceitos de como eu penso futebol. Sei que o São Paulo não está atravessando seu melhor momento em termos de resultado, mas acreditamos no que fazemos e entregamos. Isso não vai nos acovardar, só aumenta nosso ímpeto para responder a esse desafio"

A torcida do São Paulo soltou o grito de campeão pela última vez em 2012, na conquista da Copa Sul-Americana. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para criar uma conscientização para mudar essa história recente de sofrimento e acredito que pelo que vivi na minha carreira podemos mudar isso. Você tem que acreditar no que faz, não pode deixar que o imediatismo possa afetar, senão fica batendo cabeça e não consegue chegar no objetivo final".

"O São Paulo não é apenas os jogadores que estão sempre expostos, é um todo. Se esse todo não estiver conectado, dificilmente vai fluir. Nós precisamos controlar a nossa área. Aqui a sensação é de que nem todo mundo quer a mesma coisa, então vai expor quem está à frente: treinador, presidente, diretor esportivo. Nós, jogadores, ficamos expostos, mas temos liberdade de convencer todo um clube que esse é o caminho para fluir, de todos lutarem pela mesma coisa. Para o clube estar em evidência, crescimento e evolução, as pessoas à frente das posições precisam ter poder de decisão. No futebol brasileiro no geral e no São Paulo muita gente opina na tomada de decisão, mas não sabemos se realmente são as melhores decisões que são levadas ao Conselho e voltadas a expor para construir alguma coisa. Isso gera dificuldade", finalizou.

Próximos jogos do São Paulo

- 09/08 (domingo), às 16h - Goiás x São Paulo - Estádio Hailé Pinheiro (Goiânia)

- 13/08 (quinta-feira), às 19h15 - São Paulo x Fortaleza - Morumbi (São Paulo)

- 16/08 (domingo), às 16h - Vasco da Gama x São Paulo - São Januário (Rio de Janeiro)

- 20/08 (quinta-feira), às 20h - São Paulo x Bahia - Morumbi (São Paulo)

- 23/08 (domingo), às 19h - Sport x São Paulo - Ilha do Retiro (Recife)