Um clássico é típico para quebrar paradigmas, mudar situações, mandar a lógica para longe. Inúmeros casos ao longo da história do futebol mostram que um time pode estar em situação muito adversa ao rival, mas que o vence mesmo assim. O lema de superação, de reunir todas as energias possíveis para fugir do padrão é o que move o CSA na noite deste domingo (30). A partir das 19 horas, a equipe vai enfrentar o arquirrival CRB no Estádio Rei Pelé, o Trapichão, em Maceió/AL. O Clássico das Multidões será disputado pela 506ª vez em confronto válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B 2020.

No último duelo entre as maiores forças do futebol alagoano, o Regatas levou a melhor, venceu por 1 a 0 e conquistou o Campeonato Alagoano. O jogo foi fundamental para retratar o momento das equipes neste fim de semana. Enquanto o lado azul sofreu com casos do novo coronavírus, inúmeros desfalques, dois jogos adiados e duas derrotas fora de casa, o lado vermelho superou a derrota na estreia da Série B, vem com boa sequência de resultados, eliminou o Cruzeiro e garantiu a classificação inédita à próxima fase da Copa do Brasil. Além disso, tem Léo Gamalho imparável.

Na última rodada, o Azulão foi derrotado de virada pela Ponte Preta por 2 a 1. Com isso, ocupa a 15ª colocação, com três pontos e dois jogos a menos em relação aos outros concorrentes. Por sua vez, o Galo abriu dois gols de vantagem e permitiu o empate do Vitória com tentos assinalados nos acréscimos; a igualdade em 2 a 2 impediu o clube de entrar no G-4 e atualmente está na nona posição, com oito pontos.

Controle de turbulência

As atuações não convencem, a insatisfação da torcida é generalizada com jogadores, comissão técnica e membros da diretoria. O desempenho ruim nas partidas realizadas durante o mês de agosto foi mascarado pela justificativa da pandemia do coronavírus ter atingido 21 jogadores do grupo, dois integrantes da comissão técnica e cinco funcionários. Fato é que deixou a desejar boa parte dos que estiveram em campo, com erros básicos e pontos que fazem a diferença.

A pressão é intensa desde o começo do ano e uma resposta convincente não foi dada ao torcedor. O resultado obtido no clássico deste domingo (30) pode ser decisivo para o andamento da equipe no ano. Pressionado, o técnico Eduardo Baptista volta a comandar a equipe no banco de reservas após se recuperar do novo coronavírus. Em tese, dois jogadores desfalcam. O goleiro Alexandre Cajuru sentiu fisgada na coxa e o atacante Bruno José ainda se recupera de lesão no joelho. O goleiro Thiago Rodrigues fortaleceu os exercícios de fisioterapia no ombro, mas sua presença é incerta. Bruno Grassi está de sobreaviso. No ataque, Pedro Júnior pode fazer sua estreia. A expectativa é de que o time titular seja modificado e traga bons resultados.

Boa fase, confiança e artilharia

Um time que tem esses três fatores do título está bem. E assim é o ambiente no CRB. Classificado para disputar a quarta fase da Copa do Brasil pela primeira vez em sua história após eliminar o Cruzeiro, a equipe tropeçou em casa na última rodada pela Série B. Porém, com muito menos pressão de que o outro lado, o Galo trabalha com muita tranquilidade para manter a concentração e vencer novamente o arquirrival neste mês.

O técnico Marcelo Cabo tem três desfalques. O zagueiro Ewerton Páscoa voltou a sentir dores na coxa e foi vetado pelo departamento médico. O lateral-esquerdo Igor Cariús ainda se recupera de choque na cabeça no jogo contra o Cruzeiro e está em acompanhamento, embora esteja bem. O atacante Erik sofreu lesão nos ligamentos do joelho direito, fará cirurgia e não joga mais nesta temporada. Em contrapartida, o lateral-direito Reginaldo e o volante Thiaguinho retornam ao clube após não atuarem no meio da semana.

CSA x CRB, Clássico das Multidões #506 – Campeonato Brasileiro da Série B 2020, rodada #6

Estádio Rei Pelé, o Trapichão, em Maceió/AL – 19 horas deste domingo (30)

CSA – Bruno Grassi (Thiago Rodrigues); Norberto, Alan Costa, Luciano Castán e Igor Fernandes; Márcio Araújo e Marquinhos; Rafael Bilu, Nadson e Rodrigo Pimpão; Michel Douglas (Pedro Júnior). Técnico: Eduardo Baptista.

CRB – Victor Souza; Reginaldo, Gum, Reginaldo Júnior e Hugo; Claudinei, Washington e Diego Torres; Magno Cruz, Léo Gamalho e Luidy. Técnico: Marcelo Cabo.

Arbitragem – Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (CBF/PB), auxiliado por Ruan Neres Souza de Queirós (CBF/PB) e por Schumacher Marques Gomes (CBF/PB), com Jonata de Souza Gouveia (CBF/AL) como quarto árbitro