O empate de 2 a 2 entre São Paulo e River Plate, em jogo válido pela terceira fase do Grupo D da Copa Libertadores da América 2020, na última quinta-feira (19), deixou um gosto amargo na boca do torcedor são-paulino. Os jornalistas Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi, responsáveis pelo canal "Arnaldo e Tironi" no Youtube, repercutiram a peleja

Arnaldo Ribeiro falou sobre aspectos táticos e psicológicos do Tricolor. "O São Paulo é um time limitado, refém de uma ideia só, de um estilo de jogo muito específico, que funciona contra equipes muito específicas, e que não tem Plano B. Os times do Diniz não tem Plano B. E o pior: o Plano A do Diniz tem uma chancela: chama-se Daniel Alves. Sem ele, o São Paulo não tem liderança, um cara que fala espanhol, um cara que briga pela bola, que é malicioso, que compete, que coloca o dedo na cara do adversário. É um time juvenil. O Hernanes não tem esse perfil. O lance que melhor explica isso é o lance do fair play, lá do final do primeiro tempo. O único jogador que reage à adversidade, e mal, é o Reinaldo. Foi o jogo dele. Se não fosse ele, o SPFC não faria nada - e nem sofreria nada", destacou.

Na esteira do que o companheiro falou, Eduardo Tironi tentou exemplificar tal situação. "Para mim, o Vitor Bueno é o símbolo disso. Tem que ter um comando que diga que os jogadores têm que sair marrom de grama do campo. Vocês, pelo menos, têm que passar uma impressão de gana e de vontade. Se não tem um comando que coloca fogo na bunda, os caras vão jogar um jogo contra o River Plate na mesma temperatura que um jogo contra sei lá quem", comentou.

Capitão e posse de bola

Outro detalhe foi pontuado por Arnaldo Ribeiro. "Vários times brasileiros mudaram a faixa de capitão para jogadores que falam espanhol. Carlos Sánchez no Santos, Lucho González no Athletico. Libertadores têm detalhes. Juanfran poderia ser aproveitado no jogo de hoje. É o melhor time da América do Sul, dava pra vencer, tinha que ter mais atitude e mudar o jeito do jogo, assim como tinha que ter mexido durante o jogo. O São Paulo se colocou nessa situação porque foi muito passivo", afirmou.

Para finalizar, ao falar sobre a importância da posse de bola para a equipe comandada por Fernando Diniz, Arnaldo Ribeiro foi enfático. "Eu rotulo essa sua descrição como uma masturbação teórica. Não é o clímax, e não convence nem um pouco", finalizou.