Quase um ano após o último confronto entre Cruzeiro CSA, os times voltaram a se enfrentar, porém, desta vez pelo Campeonato Brasileiro Série B. O Azulão soube aproveitar as falhas da defesa cinco estrelas e venceu por 3 a 1, no estádio Rei Pelé, pela 10ª rodada da competição.

Disposição Tática

Ney Franco manteve o 4-2-3-1 da rodada passada, promovendo apenas a entrada de Regis e Rafael Luiz. A zaga foi formada por Léo e Cacá. Nas laterais, Matheus Pereira e Rafael Luiz tiveram participações frequentes. Jadsom e Jean formaram a dupla de volantes, auxiliando na criação de jogadas ofensivas. E, na frente, Maurício atuou pelo centro, enquanto Airton e Arthur Caíke atuaram pelos flancos, no último terço do campo Regis jogou no centro mas ajudou na construção de jogadas.

Adriano Rodrigues também não alterou a formação do CSA em relação a derrota para o Cuiabá na rodada anterior. O treinador manteve o 4-2-3-1. No entanto, houveram mudanças na disposição do time titular com do meia Geovane. Cleberson e Alan formaram a dupla de zaga, enquanto Diego Renan e Rafinha, cuidaram das laterais. Para direcionar a equipe, Araújo e Yago fizeram a dupla de volantes. Na frente, o trio formado por Geovane, Pedro Junior e Rodrigo Pimpão ajudaram a construir jogadas ofensivas. Paulo Sérgio jogou na frente mas fez uma partida discreta

Apagão celeste em bolas na área

A partida começou com o Cruzeiro chegando a área adversária em uma jogada entre Régis e Airton. O atacante celeste passou a bola para Airton que finalizou no canto inferior direito do goleiro Matheus Mendes. O time celeste impunha seu ritmo ao jogo e trocava passes tranquilamente entre seus jogadores. Isso possibilitou ataques mais frequentes no inicio do jogo como a finalização de Regis aos 9' para mais uma defesa do goleiro Matheus Mendes.

Tudo parecia se encaixar para a Raposa quando, aos 11', Rafael Luiz concedeu um escanteio ao CSA. Na cobrança, Rodrigo Pimpão desviou na primeira trave, Cleberson cabeceou sem nenhuma marcação. Algo que o Cruzeiro não vinha apresentando como ponto fraco eram as bolas paradas. Apesar das derrotas em partidas anteriores, a maioria dos gols sofridos saíram de jogadas construídas pelo coletivo das equipes ou por falhas individuais.

O psicológico do time celeste pareceu não se abalar, atrás do placar a equipe tentou novamente dominar o ritmo do jogo e ir pra cima do adversário. A participação de Regis nessa etapa foi essencial para a construção de jogadas. Centralizado, o jogador não se manteve apenas na área para receber a bola e se movimentou bastante para colaborar com os companheiros e agregar na criação de jogadas ofensivas.

O CSA se aproveitou dos erros da Raposa, jogando em casa e vencendo o azulão esperava a oportunidade perfeita para ampliar o placar e se defendia com solidez. Aos 29', em cobrança de falta, Rafinha cruzou a bola na cabeça de Alan Costa que completou para o fundo das redes fazendo o segundo tento do time alagoano. Com o placar adverso, Ney Franco mexeu duas vezes ainda na primeira etapa da partida. Sem sucesso nas criações no terço final do campo, os primeiros 45' terminaram com a derrota parcial por 2 a 0.

CSA amplia

Ney Franco subiu a linha defensiva e a linha ofensiva para pressionar o CSA e se manter com a bola a fim de criar jogadas ofensivas e marcar o gol. O início celeste foi de pressão, a equipe chegou até a área adversária por meio de cruzamentos rasteiros estes, porém, não surtiram efeito e resultaram em um contra ataque do CSA pela lateral direita que estava completamente aberta.

A premissa do time alagoano era clara: jogar no erro da Raposa para garantir o resultado e sair com os três pontos sem muitos sustos. O maior trabalho, portanto, ficou com a dupla de zagueiros e com o goleiro.O treinador celeste resolveu mexer na equipe e tirou Rafael Luiz para dar lugar a Roberson. O Cruzeiro conseguiu converter seu primeiro tento aos 22', Roberson carregou a bola na lateral e passou a bola para Matheus Pereira arrematar no canto inferior direito do gol.

Claramente a mudança proposta por Ney Franco havia impactado positivamente a motivação da equipe. No entanto, o torcedor celeste não teve muito tempo para comemorar. 

Aos 27', a dupla de Pedros ampliou o placar para o time alagoano. Pedro Junior cruzou e Pedro Lucas cabeceou para o fundo das redes da Raposa para marcar o terceiro. O Cruzeiro sofreu três gols de bola aérea em uma única partida, feito que não acontecia desde a saída de Adilson Batista onde o ponto fraco também eram jogadas aéreas. A Raposa ainda viu o adversário ter Rodrigo Pimpão expulso. Na expectativa de que fosse possível diminuir o placar a equipe celeste buscava avançar pelas laterais e tentar infiltrações na área.

Apesar de chegar e rondar com frequência a área do CSA, o Cruzeiro não conseguia converter suas finalizações com qualidade. Ao contrário do CSA que mandou uma bola na trave mesmo após a expulsão de Pimpão.

Classificação e próximos confrontos

Com a vitória, o CSA avança para a 18ª colocação na tabela enquanto, o Cruzeiro desce para a 15ª posição.

Na Raposa, a bola volta a rolar na sexta -feira (25), às 21h30, no Mineirão pela 11ª rodada da Série B. O time celeste enfrenta o Avai. O CSA volta a campo no sábado (26), às 16h, no Rei Pelé para enfrentar a equipe do Juventude