Apesar de na última terça-feira (22), o Ministério da Saúde aprovar um plano de estudos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para retomar 30% da torcida aos estádios do Brasil, a decisão final foi transferida para cada estado. O governador de São Paulo, João Dória vetou a decisão para os paulistas.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23), Dória declarou que a proposta foi analisada pelo Centro de Contingência contra o Coronavírus, órgão do governo estadual, e o entendimento unânime foi de que ainda não é possível a retomada dos eventos que proporcionem aglomerações em São Paulo.

Todos os municípios paulistas ainda estão na fase amarela do 'Plano São Paulo de Retomada Econômica e Enfrentamento à Covid-19' e, por isso, o retorno de parte da torcida aos jogos de futebol não é permitido. De acordo com as regras sanitárias estaduais, eventos que causem grandes aglomerações só serão liberados quando o munícipio registrar a fase azul, a última da escala.

Toda a orientação relativa às medidas do Plano São Paulo só será adotada pelo governo quando aprovada pelo comitê. Aqui em São Paulo não há pressão política, econômica, partidária e do esporte. Há vida, existência e proteção aos brasileiros que estão em São Paulo”, disse Doria.

José Medina, coordenador do Centro de Contingência do Covid-19, falou sobre a questão técnica que levou o governo paulista a negar a torcida nos estádios. A CBF pretendia, inclusive, contar com os fãs no jogo do dia 9 de outubro entre Brasil e Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O confronto está marcado para a Neo Química Arena, em Itaquera.

Fizemos uma reunião e concluímos que o cenário atual não permite a retomada de público em eventos associados a grandes aglomerações, como nas partidas de futebol. Essa decisão é técnica. Primeiro, o Estado permanece em quarentena, exigindo rigor No isolamento e o uso de máscaras. Segundo, a doença ainda se encontra em patamares elevados. Nesse tipo de evento, ocorre fluxo de pessoas com diferenças origens geográficas e muitas atividades paralelas que movimentam pessoas e não são controladas”, disse.

Além de João Doria, a prefeitura de Belo Horizonte também já declarou que os clubes mineiros não se reencontrarão com parte de seus torcedores, indo contra a decisão da CBF e do Governo Federal.

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