O Flamengo ficou no empate em 1 a 1 com o Atlético-GO neste sábado (14) pela 21ª rodada do Brasileirão 2020 e soma agora quatro jogos sem vencer no campeonato. No Maracanã, Bruno Henrique fez para o mandante, e Zé Roberto deixou tudo igual para o visitante.

Apesar da distância na tabela, as duas equipes foram para a partida tentando dar fim a sequências negativas. A última vitória do Rubro-negro na competição havia sido no dia 18 de outubro, no histórico 5 a 1 contra o Corinthians. Nas últimas duas rodadas, duas derrotas levando quatro gols em cada, evidenciando problemas no setor defensivo decisivos na demissão do então técnico Domènec Torrent. Mas, no último jogo, outra derrota na estreia de Rogério Ceni no comando técnico contra o São Paulo pela Copa do Brasil.

Estreia também de Marcelo Cabo comandando o Dragão, pela segunda vez na carreira. O time goiano estava há quatro rodadas sem vencer: eram duas derrotas e dois empates. A favor, o encontro no primeiro turno: 3 a 0 para o Atlético no segundo jogo de Dome.

Estratégias

Rogério Ceni optou por poupar Diego Alves. Everton Ribeiro, Pedro e Isla estavam com suas seleções pelas Eliminatórias. Rodrigo Caio, Filipe Luís e Diego se recuperavam de lesão. Esquema tático: 4-4-2. Hugo no gol. Gustavo Henrique e Léo Pereira formaram a dupla de zaga, enquanto Matheuzinho e Renê cuidaram das laterais. No meio-campo, Willian Arão e Thiago Maia compuseram a dupla de volantes, dando o primeiro combate e fazendo a transição; Gerson e Vitinho foram os responsáveis pela construção e criação. No ataque, Bruno Henrique ameaçava em velocidade pela esquerda, e Gabriel Barbosa tomava conta da área.

Marcelo Cabo pôde contar com os retornos de João Victor e Janderson. Já o zagueiro Éder ainda estava em recuperação. Esquema tático: 4-3-3. No gol, Jean. A zaga contou com João Victor e Gilvan. Nas laterais, Dudu pela direita e Nicolas pela esquerda. O meio-campo tinha Willian Maranhão e Marlon Freitas mais recuados no primeiro combate, e Chico na construção ofensiva. Mais à frente, Ferrareis e Janderson atacavam pelos corredores, enquanto Zé Roberto centralizava na área.

Rubro-negro peca nas finalizações, e Dragão vai bem na defesa

A primeira etapa já começou com alterações de posicionamentos no Flamengo de Rogério Ceni: Vitinho na ponta-esquerda, Gerson no meio-campo, como segundo volante centralizado e Thiago Maia ora aberto na direita, ora centralizado como camisa 10, todos nas posições em que mais ficam à vontade e mais rendem.

Apenas aos quatro minutos, o Atlético-GO ficou com a bola pela primeira vez. E logo optou por pressionar a saída de bola adversária, desde Hugo, tentando forçar outro erro do goleiro com os pés. O Rubro-negro, claramente, era mais presente no último terço em comparação com atuações anteriores, armando as jogadas. Também era forte na pressão na saída de bola goianiense, conseguindo roubadas perto da área, como foi na estreia de Ceni.

Aos 15, eram 74% de posse de bola para o time da casa, mas nenhuma finalização de ambos os lados. Gabriel Barbosa se movimentava bastante, porém estava apagado, sem receber o passe. Pelo Dragão, Janderson aparecia na ponta-direita e era a peça de ataque mais ativa. Apenas com 22, veio a primeira chance do Flamengo e do jogo, em bom chute frontal de Thiago Maia no travessão.

Até que a marcação alta na saída passou a incomodar e a forçar o Flamengo ao erro perto da área e até do gol. O visitante começava, então, a gostar do jogo e a ameaçar mais que o adversário, chegando mais na área. Hugo chegou a trabalhar duas vezes nesse momento. Como resposta, o mandante retomou a posse e também fez Jean trabalhar bem em chute de Bruno Henrique dentro da área.

Aos 38 minutos, 5 a 5 em finalizações. Mas, aos 44, Bruno Henrique recebeu belo passe de Thiago Maia, que tinha atuação de destaque, do campo de defesa, arrancou deixando o marcador para trás, invadiu a área e colocou no canto de Jean para abrir o placar pouco antes do intervalo.

Ceni voltou do vestiário com substituição: Gustavo Henrique saiu para a entrada de Natan. Do outro lado, Chico continuava ativo, como no primeiro tempo, tentando armar algo no ataque. Mas quem foi para a pressão foi o Flamengo, conseguindo chances reais. E, aos dez minutos, teve um gol anulado de Gabriel Barbosa por impedimento.

No entanto, três minutos depois, Chico ganhou no um a um contra Léo Pereira, entrou na área, puxou para o meio, e Zé Roberto chegou de trás finalizando rasteiro para deixar tudo igual no Maracanã. Logo na sequência, Thiago Maia não resistiu a uma torção no joelho e precisou ser substituído por Michael. Aos 18, 10 a 7 em finalizações a favor do Dragão, que foi para cima após o gol e chegou mais duas vezes na tentativa de uma virada. Enquanto isso, eram 65% em posse para o Rubro-negro.

Com 29 minutos, mexidas dos dois lados. Pelo time da casa, Léo Pereira saiu para a entrada de Arrascaeta, dando um meia de origem ao meio-campo carioca. Com isso, Arão foi recuado para a zaga. Pelo visitante, Ferrareis, Zé Roberto e Chico deram lugar a Natanael, Júnior Brandão e Matheus Vargas, respectivamente. Pouco depois, Ceni sacou Gabriel Barbosa para colocar Lincoln, tentando gás novo no ataque. Marcelo Cabo também tirou Janderson para a entrada de Arnaldo.

Nos minutos finais, pressão do Flamengo no ataque pelos três pontos que levariam a equipe à vice-liderança do campeonato. Arrascaeta entrou bem, agitando o setor ofensivo com passe e finalização. Já aos 45, Lincoln perdeu um gol feito, sem goleiro. Era ataque contra defesa. Jean ia se destacando com defesas importantes. Vitinho tentou posicionamento diferente, na ponta-direita. Ainda deu tempo para Marlon Freitas dar vez ao zagueiro Oliveira, fechando ainda mais o time goiano. Mas foi só: 1 a 1. Números finais: 66% de posse de bola e 19 a 10 em chutes, ambos para o Rubro-negro carioca.

Classificação e próximos compromissos

Perdendo dois pontos em casa, o Flamengo se manteve na quarta colocação, agora com 36 pontos, dois a menos que o líder Atlético-MG. O próximo compromisso do Rubro-negro é pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, visitando o São Paulo na quarta-feira (18) às 21h30. Pelo Brasileiro, recebe o Coritiba no próximo sábado (21) às 19h.

Já o Atlético-GO, conquistando um ponto fora em confronto difícil, também continuou na 14ª posição, com 24 pontos. Aumentou para quatro pontos a distância para Coritiba, Bragantino e Botafogo, que jogam na segunda-feira (16). O Dragão volta a campo apenas na outra segunda-feira (23) às 20h, quando visita o Sport pelo campeonato nacional.

VAVEL Logo
Sobre o autor