Na noite desta quarta-feira (2), o Cruzeiro venceu o América-MG por 2 a 1, na Arena Independência, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, com gols de Rafael Sóbis e Manoel para a Raposa e de Anderson para o Coelho. O resultado permitiu a subida do visitante para a 15ª colocação com 31 pontos, enquanto o mandante estacionou na vice-liderança com 44 pontos.

Após a partida, Felipão foi questionado sobre a forma que fez com que a equipe celeste pudesse vencer esta partida, ao contrário da rodada anterior quando foi derrotado por 2 a 1 para o Confiança, no Mineirão.

"No jogo passado nós estávamos perdendo aos 3 minutos. Nós estamos mostrando a eles que perdendo aos 3, 4 e 10 minutos, faz com que o morro fique diferente pra nós. Nós começamos a trabalhar na subida e não normalmente no plano. Então temos que ter cuidado inicial para que durante o jogo eles tenham a confiança, tranquilidade para jogar como jogam, principalmente fora.

E aí é o que aconteceu hoje porque enfrentamos uma equipe que está na nossa frente e que está jogando um futebol muito bom e faz uma campanha espetacular. É um clássico. Então, também temos motivação, é diferente e por isso a gente tem um posicionamento melhor quando enfrenta essas equipes do que muitas vezes quando jogamos em casa com equipes que têm o mesmo nível que nós.

Porque no momento o América-MG está melhor do que nós, e se tem o mesmo nível e número de pontos, porque precisamos de pontos pra sair dessa situação incômoda. Oferecemos muitas oportunidades, hoje o América-MG por mais que tenha criado três ou quatro chances, se foram muitas ainda que nós deixamos pra oferecer ao América-MG, e nós jogamos dentro de um contexto bem organizado. Hoje tivemos um contexto de trabalho bem feito. Então o resultado foi a vitória”.

O técnico do Cruzeiro falou um pouco também sobre a concentração do elenco em cada partida que é disputada no Campeonato Brasileiro para que o trabalho possa progredir da maneira correta.

“Não sei se você já sabe dos estudos que estão sendo feitos, de termos em mandante ou não mandante, neste campeonato de Covid-19 não existe mandante. Nesse campeonato os adversários jogam na casa do oponente com a mesma tranquilidade do que joga em casa, e às vezes até com mais ousadia do que jogam em casa. Nós 'fora' temos uma campanha espetacular, em casa temos problemas. porque o fator torcida, o fator arbitragem, permite que a equipe adversária ouse mais. E nós estamos dando a essas equipes a ousadia que eles precisam. Porque nós tomamos gols aos 3, 4 e aos 10 minutos, e aí fica difícil. Então quando nós saímos à frente, quando nós criamos as oportunidades de fazer os gols, nós não perdemos, dificilmente”.

Felipão falou também sobre a dificuldade que teve com a criatividade no meio-campo sem o jogador de origem para armar as jogadas para o Cruzeiro.

“O América-MG tem um estilo muito interessante de jogar, o Alê sai de sua posição e vai jogar em cima do ponta esquerda, causa uma decisão sobre o lateral e de quem vai marcar. O Juninho sai da posição e vai pra cima do ponta direita e aí abrem os dois espaços de meio, daí é que nós precisamos entrar com marcação de um volante e de um segundo volante pro lado esquerdo. Alguém que ficasse pelo meio e tivesse a tranquilidade de trabalhar essa bola ou desse a oportunidade que os marcadores pudessem marcar esses jogadores. Porque são os mais criativos do América-MG e tiveram dificuldade no jogo de hoje. Então acredito que com a presença do Machado, veio a dar a nós aquela tranquilidade no meio que nós poderíamos não ter se não tivéssemos um armador diferente, alguém que jogasse mais a frente, e ia dar muitas oportunidades no meio-campo”.