Contra o Junior, o Fluminense apresentou melhoras em relação à partida contra o Santa Fe e, mesmo diante de um adversário mais qualificado tecnicamente, que explorou bem os espaços entrelinhas, conseguiu sofrer menos. 

Inicialmente, o time de Barranquilla pressionou a saída de bola do Tricolor, forçando alguns erros individuais, principalmente na lateral esquerda, com Danilo. O primeiro gol sai nesse momento da partida, em um pênalti questionável, Borja abre o placar. 

A equipe colombiana buscava, com frequência, inverter o lado da jogada, forçando a marcação do Flu a se deslocar lateralmente, gerando espaços ao adversário, que aproveitou pouco desse fator. 

O gol de empate sai em um lance de bola parada. Após desvio, Kayky aparece muito bem posicionado, aproveitando a falha de posicionamento do último zagueiro para marcar com tranquilidade. 

Talvez o principal problema do Tricolor na partida de ontem, e já observado em jogos anteriores, foi o posicionamento dos jogadores de beirada de campo. Os meias abertos jogando no lado oposto da perna dominante, puxam a jogada para o meio. Porém, os laterais não apresentam capacidade de chegar à linha de fundo, deixando o time com pouquíssimas jogadas em profundidade, justamente diante de um adversário que tinha a bola aérea como fraqueza. Equipe ficou descompactada e apresentava um buraco na construção ofensiva central em alguns lances. 

No aspecto físico, que condiciona a manutenção das estratégias no campo, o Fluminense foi superior na maior parte dos 90 minutos, e terminou a partida controlando as ações ofensivas. Muito por conta da entrada de Gabriel Teixeira, mais um da base muito bem trabalhada pelo Flu. O garoto chamou o jogo e criou embates individuais que já não aconteciam nos minutos anteriores. 

O Fluminense mostrou maturidade e evolução, mas ainda precisa ocupar melhor os espaços do campo e ter mais aproximação entre os atletas para não ser previsível e lento como em alguns momentos da partida no Equador.