Desde a volta do futebol, paralisado em decorrência da pandemia da covid-19, os times vinham jogando em seus respectivos campos sem a presença de torcedores. Na semana passada o retorno da torcida do Confiança finalmente aconteceu após limitar obtida no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e liberação do governo estadual.

Apesar do cenário favorável, que impactou também no campo e ajudou os sergipanos a voltar a vencer após sete rodadas, na questão financeira o retorno não foi positivo. Seguindo os protocolos sanitários e as devidas restrições, podendo liberar ingressos que preenchessem apenas 30% da Arena Batistão, o Dragão deixou o gosto doce do retorno meio amargo convertido no valor do ingresso.

Os ingressos custaram R$ 50,00 meia entrada na arquibancada, R$ 60,00 inteira na arquibancada solidária, R$ 100,00 nas cadeiras e R$ 1,00 para sócios torcedores. No total, apenas 505 torcedores compareceram, fechando a renda em R$ 9.858,00, segundo consta no borderô divulgado pela Federação Sergipana de Futebol (FSF).

Acontece que os gastos gerados para realização da partida foram muito maiores que o valor arrecadado com a venda de ingressos. Somente os custos com a arbitragem, que inclui 20% INSS sobre a remuneração de toda a equipe, 20% sobre diária e transportes não comprovados da arbitragem, pagamento por jogo (toda equipe de arbitragem recebe por jogo) e transporte e hospedagem da arbitragem, totalizou exatamente R$ 24.307,20

O saldo já seria negativo, mas ainda são somados os custos com despesas operacionais e posto médico, equipe médica e ambulância. Com tudo isso já citado junto com o valor de seguro torcedor, o custo total foi de R$ 63.172, 45. Ou seja, o saldo negativo ficou em -R$ 53.314,45. É bom lembrar que por ser mandante todo o custo fica pra o Confiança.

Para o jogo da rodada 26 da Série B, que acontecerá no próximo sábado (25), às 17h30, diante do Operário-PR, a diretoria proletária manteve os mesmos valores, algo que deve mais uma vez afastar parte do torcedor devido as dificuldades econômicas acarretadas pela pandemia que ainda não acabou.

Confira o borderô completo

Foto: Divulgação / FSF