O Cruzeiro vive tempos difíceis, mas parece que está tomando a rota certa. O primeiro passo foi confirmado ao vencer o Athletic por 2 a 1, no Mineirão, agregado de 4 a 1, e disputará a final do Campeonato Mineiro após dois anos. 

Raposa no controle 

O calor em Belo Horizonte não intimidou os jogadores. O jogo começou movimentado e com chance criada aos 14 segundos. Vitor Roque roubou no campo de ataque, acionou Waguininho dentro da área, que balançou a rede pelo lado de fora. Em busca do resultado, o Esquadrão partiu para cima. Nathan apareceu bem, mas sofreu a falta de Brock por conta do drible, na lateral da área, enquanto Vinicius arriscou de longe, mandando à esquerda do gol. 

Marcando em cima, a Raposa criou chances em cobranças de falta. Numa delas, Waguininho bateu rasteiro e tirou tinta da trave. Pouco depois, o camisa 11 encontrou Machado no meio. O volante bateu fraquinho, facilitando a defesa de Pedrão.

Apesar das paralisações, a partida estava controlada pela Raposa, que chegava bem ao ataque e não levava sustos na defesa. Aos 34’, Vitor Roque sofreu entrada de Danilo na área: pênalti. João Paulo cobrou com paradinha, e sem muita força, acertou o lado oposto do goleiro, marcando o seu terceiro gol no Estadual. A bola parada, também veio facilitar a vida do Athletic, no qual colocou o time de volta no jogo. Em lance duvidoso, a arbitragem marcou nova penalidade após checagem no VAR. Rafhael Lucas tirou do xará Rafael Cabral para deixar tudo igual. Isso não durou muito tempo. A bola desviou em Waguininho em lançamento, a defesa bobeou e Vitor Roque completou na pequena área.

Truncado, mas vaga carimbada 

O ímpeto de ambos os times se repetia no segundo tempo. O técnico Roger Silva propôs mudanças ao alvinegro. Antônio Falcão, um dos que entrou,  fez bom levantamento. Sidimar cabeceou no chão e Rafael Cabral segurou no meio do gol.  O goleiro precisou intervir em boa cobrança de falta de Ricardo Oliveira.

As faltas voltaram a aparecer, o Cruzeiro tomou as rédeas como aconteceu antes do intervalo. Vitor Leque teve a chance do terceiro, aos 22, mas a bola tirou tinta da trave. Dez minutos depois, Danilo ganhou de Brock após cobrança de escanteio. Rafael Cabral fez ótima defesa com uma das mãos. O Esquadrão voltou a crescer. A falta do poder de finalização complicou, bem como o arqueiro celeste, que parou Ricardo Oliveira em chute cruzado da direita.

Alto número de falta

A partida teve 42 faltas, superando a média do Brasileiro na temporada passada, com 30. 

Possível clássico na final

Em jogo único e sem vantagem - empate leva aos pênaltis, a final terá Cruzeiro e o vencedor de Atlético-MG x Caldense. O primeiro já possui a vaga encaminhada.