Neste dia 17 de maio, anualmente, é o marco do Combate à LGBTfobia. Em todo o mundo, tanto por integrantes da comunidade LGBTQIA+, quanto de não integrantes e empresas, existe o apoio a esse dia vindo em posts de redes sociais, artes, músicas ou até manifestações populares.

No Brasil e no futebol particularmente não seria diferente. Inúmeros clubes do futebol brasileiro, de todos os cantos do país, manifestaram seu apoio ao combate à LGBTfobia neste dia tão importante para a comunidade LGBT em todo o mundo.

Isso é de importância enorme, pois no ano de 2021, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), no relatório “Mortes Violentas de LGBTQ+ no Brasil – 2021”, o Brasil teve pelo menos 300 mortes por conta de violência LGBTfóbica. Isso é um aumento de 8% em relação ao número de mortes em 2020. Esses números podem ser traduzidos em pelo menos uma morte a cada 29 horas. E coloco pelo menos pois não são todos os casos de violência contra LGBTs que são registrados.

No futebol brasileiro os clubes do eixo Sul-Sudeste se manifestaram em apoio e deixaram suas postagens nas redes sociais:

Não é só futebol

O futebol é uma forma de manifestação social. Povos se unem em prol de “22 homens que correm atrás de uma bola” para torcer, gritar, comemorar e chorar.

Dentro do futebol existem inúmeros torcedores LGBT que vivem igual aos torcedores que são heterossexuais – até porque eles nada diferem um do outro.

Você que acompanha futebol tem uma chance enorme de já ter interagido, estado no mesmo lugar, na mesma bancada e com certeza gritou e comemorou o mesmo gol que um torcedor que tem uma orientação sexual ou expressão de gênero diferente da sua. E é a maior normalidade que existe.

Fugindo do eixo Sul-Sudeste citado acima, vários e vários outros clubes de todo o Brasil também deixaram suas manifestações de apoio ao dia de Combate à LGBTfobia.

A importância do futebol em manifestações contra violências

O futebol é parte vital da sociedade. Muitas vezes o futebol serve como um educador de pessoas sobre os mais variados temas. E sobre a comunidade LGBTQIA+ não seria diferente. Em muitos lugares do mundo ainda é possível ser preso por ser LGBT, como Argélia, Camarões, Catar (onde será a próxima Copa do Mundo), Emirados Árabes e Singapura, entre muitos outros. O futebol pode ter o poder de ser o início da mudança em situações como essa.

E para ilustrar isso, ontem o atacante do Blackpool, que disputa a segunda divisão da Inglaterra, se assumiu gay. Jake Daniels tem 17 anos, é atacante e o primeiro jogador desde Justin Fashanu a se assumir gay. Justin jogou nos anos 90 e sofreu muito após se assumir.

 

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Jake falou sobre essa situação com uma frase forte e impactante: “Eu odiei mentir durante toda a minha vida e sentir a necessidade de mudar para me encaixar. Eu quero ser uma inspiração fazendo isso”.

O Blackpool também se manifestou em apoio ao jogador, deixando toda a força necessária para seu atacante se assumir: “Blackpool Football Clube trabalhou juntamente com a Stonewall e as relevantes organizações de futebol para apoiar Jake. Estamos incrivelmente orgulhosos que ele chegou no estágio de empoderamento para se expressar tanto dentro quanto fora do campo. É vital que nos todos promovamos um ambiente onde pessoas se sintam confortáveis para serem elas mesmas. Que o futebol tome a liderança para remover qualquer tipo de discriminação e prejuízo”.

Clubes de outros muitos lugares do mundo também deixaram seus posts de apoio ao Dia de Combate contra a LGBTfobia.

*os posts aqui são até o momento em que a matéria foi escrita. Mais posts serão colocados conforme o dia passar. - no momento, da Série A, Atlético Mineiro, Coritiba, América-MG, Goiás, Cuiabá. Na Série B o Bahia é o principal clube a não se manifestar. No mundo Real Madrid, Manchester United, Manchester City, Milan.