Na noite desta quinta-feira (25), Vila Nova e Sampaio Corrêa jogaram no OBA, em Goiânia, pela Série B do Campeonato Brasileiro. A partida válida pela 26ª rodada, terminou em 0 a 0 em um jogo onde o destaque foram as poucas defesas dos goleiros, e a quantidade exagerada de passes errados. Apesar de tudo, jogo com ótimo público da torcida goiana, que empurraram a equipe até o fim.

Jogo morno

O começo de jogo foi bem lento, com as duas equipes se estudando bastante e sem oferecer perigo para o adversário. Desacelerar o time da casa nos primeiros minutos, parecia ser um dos grandes objetivos da Bolívia Querida. Já pelo Tigre, a tentativa de sair com a bola no pé e buscando as melhores opções para propor o jogo pareciam ser o foco, apesar de não ter tanta eficiência, pecando no último passe. 

A primeira grande chance de gol no jogo só foi acontecer aos 17 minutos e foi do Vila Nova. Depois de uma boa aproximação e brecha criada, Sousa bateu firme do meio da rua e a bola passou tirando tinta da trave, para alívio do goleiro Matheus. O Tigre começou a imprimir um volume de jogo maior e forçando brechas nas laterais do campo. Em resposta e com bom posicionamento, o Sampaio tentava fazer a retomada para partir num contra-ataque veloz, mas não tinha muito sucesso.

Com o passar do tempo, o que mais se destacava na primeira etapa, era a quantidade absurda de erros de passe, que assombrava as duas equipes durante muito tempo. Além dos passes, as tomadas de decisões erradas e execuções mal feitas, também acabavam atrapalhando as possíveis chances e criações. Wagner, do Tigre, quase fez um golaço olímpico, mas Matheus esteve atento e conseguiu impedir. Gabriel Poveda, pouquíssimo acionado, tentava ajudar sua equipe, mas sem a bola chegar, não conseguia fazer muito.

Já nos minutos finais da primeira etapa, muita paralisação e bolas longas pelas duas equipes. Uma, tentando desafogar na defesa e esperando um vacilo adversário. E o outro tentando passar pelas linhas defensivas de maneira mais simples, mas não conseguiam conectar com seus atacantes, o que passava a favorecer muito mais as defesas, do que a própria equipe. No mais, um primeiro tempo fraco.

Falta de capricho

O reinício de jogo se deu semelhante a primeira etapa, com muitos erros de passe e tentativas de ligações diretas, buscando os extremos para ligar o ataque em velocidade. Pela falta de espaços para os dois lados, muitas tentativas de arremate de longa distância, alguns passando com um pouco de perigo e muitos bem longe da baliza adversária. Apesar de bastante truncado e cheio de dificuldades, o jogo se tornou pouco mais vistoso na etapa final. Pimentinha levando novas opções para a Bolívia Querida e incomodando, enquanto Sousa e Kaio Nunes tentavam bagunçar a defesa adversária.

Depois de um bom tempo de pressão dos visitantes, o comandante do Tigre decidiu mexer, na tentativa de recuperar o controle da partida, que passou a ficar com o adversário sem que percebesse. Sem tantas oportunidades na partida, e com a bola mal mal chegando, Gabriel Poveda também foi para o banco, na aposta de um atacante com gás renovado pela equipe do Sampaio. Daí em diante, e com a pressão da torcida, muita correria em busca do resultado. Uma equipe forçava o ataque e a outra subia para um contra-ataque, quando recuperava a bola, na famosa trocação franca. No entanto, as conexões para poder chegar em condições de finalizar não aconteciam, complicando as possíveis chances do gol. 

Quando o relógio bateu a marca dos 36 da etapa final, Rafael Donato quase abriu o placar para o Vila Nova, depois de cobrança de falta levantada na área. Matheus, bem posicionado e atento no lance, mais uma vez impediu o que poderia ser o primeiro gol da partida. O Sampaio teve uma boa oportunidade também pouco depois, mas o atacante não conseguiu finalizar com perigo.

Já nos acréscimos de jogo, os cruzamentos para dentro da área era a arma mais utilizada pelas duas equipes. Jogando fora de casa, o empate para o Sampaio parecia de bom tamanho, e manteve se defendendo com bastante ênfase. Já o Tigre, lutava com todas as forças para manter o equipe no ataque, sufocando o adversário e tentando o golzinho até o último segundo. No entanto, sem mais tempo, o empate foi decretado ao fim dos minutos de acréscimos.

Classificação e próximos compromissos

Após o empate em 0 a 0, as duas equipes somaram mais um ponto na tabela de classificação. O Vila Nova, com esse resultado, continua na 18ª posição com os mesmos 25 pontos do Operário e um a menos que o CSA – primeiro fora do Z-4 –. O Sampaio Corrêa com o pontinho somado fora de casa, chegou aos 34 e ocupa no momento a 9ª colocação. 

O Vila Nova volta a campo na segunda-feira (29), contra a Chapecoense em Santa Catarina, às 20h. O Sampaio Corrêa volta a campo na terça-feira (30), contra o Cruzeiro em São Luís, ambos pela Série B do Brasileirão.