Noite histórica para o torcedor do Club Athletico Paranaense. Após sair perdendo por 2 a 0, o Furacão arrancou um empate no fim do jogo diante do Palmeiras, jogando no Allianz Parque, e se garantiu na final da Copa Libertadores pela primeira vez em 17 anos.

Classificado à final da competição, o Athletico agora aguarda o vencedor de Flamengo e Vélez Sarsfield, que duelam amanhã, no Maracanã, no Rio de Janeiro. A equipe brasileira goleou por 4 a 0 e pode perder até por três gols de diferença que também estará na grande final da competição no dia 29 de outubro, no Estádio Monumental de Guaiaquil, no Equador.

  • O jogo

A partida começou frenética e logo aos três minutos, o Palmeiras abriu o placar. Em contra-ataque com velocidade, Zé Rafael roubou a bola, avançou até a entrada da área e cruzou. A defesa do Athletico não conseguiu cortar e Gustavo Scarpa aproveitou para finalizar livre de marcação, no canto esquerdo do goleiro Bento. 

A equipe palmeirense continuou pressionando nos minutos seguintes. Aos oito, Gustavo Scarpa recebeu pela esquerda com liberdade, avançou até dentro da área e tentou o cruzamento para Rony, mas Bento afastou, no rebote, Erick afastou o perigo.

A equipe comandada por Abel Ferreira chegou mais frequência ao ataque durante o primeiro tempo, indo atrás do segundo gol. Aos 35', Marcos Rocha ganhou da marcação na linha de fundo e achou Rony dentro da área, que finalizou, mas Pedro Henrique bloqueou na hora certa.

Outra descida alviverde aos 40', quando Gustavo Scarpa saiu em velocidade em contra-ataque e achou Dudu na direita. O atacante deixou de calcanhar para Bruno Tabata, que chegou finalizando de primeira e a bola ficou com Bento.

A situação começou a mudar no fim do primeiro tempo, quando Murilo fez falta dura e levou cartão amarelo, mas após revisão do árbitro no monitor, o zagueiro palmeirense foi expulso direto e deixou a equipe com 10 em campo.

  • Mudança de comportamento

Com o Palmeiras pressionando o primeiro tempo inteiro, mas agora com um homem a mais, o Athletico precisava sair para o ataque e foi o que fez no segundo tempo. 

Logo aos nove minutos da etapa final, Marcos Rocha cobrou escanteio na área, Gustavo Gomez subiu no meio de três defensores do Athletico e cabeceou por cima do goleiro Bento, para fazer 2 a 0 para o Palmeiras.

A resposta não durou muito. Aos 19', o primeiro gol do Athletico saiu e colocou fogo na partida. Fernandinho deu grande passe para Vitinho dentro da área, que mandou na segunda trave. Pedrinho ajeitou de primeira e Pablo, quase em cima da linha, empurrou para o fundo da meta paulista.

Aos 25', Vitinho recebeu pela esquerda, encarou a marcação e bateu colocado, buscando o ângulo esquerdo. A bola passou perto da trave do Weverton.

Com o crescimento do Furacão no jogo, o Palmeiras foi obrigado a sair para o jogo após espaços deixados pelo time paranaense. Aos 27', Dudu desceu pela direita e achou grande passe entre a marcação para Gabriel Menino, que livre dentro da área, soltou um foguete e o goleiro Bento fez uma defesa espetacular para salvar o Athletico.

O grito entalado na garganta do torcedor paranaense foi colocado para fora aos 41 minutos, quando Terans recebeu pela direita na intermediária e soltou uma bomba de pé esquerdo no canto direito do goleiro Weverton para empatar o jogo e dar números finais ao duelo na semifinal da competição.

Foto: Divulgação/Libertadores
Foto: Divulgação/Libertadores
  • Volta à final após 17 anos

O Furacão voltou à uma final de Libertadores pela primeira vez em 17 anos. A primeira foi em 2005, quando perdeu a final para o São Paulo, em disputa brasileira na grande decisão.

Naquela edição, a equipe paranaense ficou em segundo no grupo com América de Cali, Libertad e Independiente Medelín, que ficou com a primeira colocação.

Na fase seguinte, o Athletico eliminou o Cerro Porteño nos pênaltis após uma vitória de 2 a 1 para cada equipe. Nas quartas de final, duelo brasileiro diante do Santos e placar agregado em 5 a 2, depois de duas vitórias.

Na semifinal, vitória em casa por 3 a 0 diante do Chivas Guadalajara do México e empate por 2 a 2 fora de casa. Vaga carimbada na decisão, onde empatou jogando sob seu domínio por 1 a 1, mas foi goleado por 4 a 0, no Morumbi e o São Paulo conquistou o título.

  • Felipão e a história!

O técnico chegou a sua quarta final de Libertadores na história e igualou a Luis Cubilla, que chegou em quatro decisões com o Olímpia, do Paraguai, sendo campeão em duas ocasiões. Felipão está atrás agora apenas do Carlos Bianchi, que chegou em cinco finais com o Vélez Sarsfield e Boca Juniors, conquistando quatro títulos.

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