Uma final inédita, envolvida com recorde para preencher mais um capítulo na história do futebol feminino. Após o recorde no sul, com 36.330 pessoas, a torcida se mobilizou com a Invasão por Elas, e a Neo Química Arena recebeu 41.070, tornando-se o maior público de clubes no país e do continente sul-americano. Dentro de campo, a hegemonia foi mantida. O estreante Internacional tentou surpreender ao sair na frente com Sorriso, mas perdeu o fôlego. Jaqueline e Diany garantiram a virada para o Corinthians ainda no primeiro tempo, aumentando, posteriormente, com Vic Albuquerque e Jheniffer, fechando a conta em 4 a 1 para garantir o quarto título do Brasileirão Feminino, sendo o terceiro de forma consecutiva.

Acréscimos viradouro

A Arena explodiu assim que o apito inicial foi dado. Gabi Zanotti aproveitou cruzamento na medida de Jaqueline, e, sozinha, completou no canto esquerdo. A euforia da torcida precisou ser contida pelo gol anulado. O VAR constatou falta em Maiara Lisboa na origem do lance. As Brabas não se abalaram e seguiram partindo para cima e quase conseguiram balançar as redes. Após cobrança de escanteio, a bola passa por toda área, mas Adriana surge na segunda trave e carimbou o travessão.

Apesar de tanta pressão das mandantes, as Gurias Coloradas deram aquele sorriso para sair na frente, graças a um escanteio cedido. Yasmim tentou recuar para Lelê, contudo, errou o passe e mandou pela linha de fundo. Duda Sampaio levantou na área, obrigando a goleira tirar de soco. Milena alçou, Sorriso dominou e girou para finalizar. A redonda desviou na zaga e morreu no gol alvinegro.

O Inter tentou aproveitar o momento. Perdurou por pouco tempo, logo, o Corinthians se encontrou novamente e passou a controlar as ações ofensivas. Mayara fez grande defesa em chute forte de Tamires, mas nada pôde fazer para evitar o empate. As comandadas de Maurício Salgado deram espaço para o cruzamento de Yasmim, além de deixar Jaqueline se movimentar para emendar de primeira. Tamires quase conseguiu a virada com um golaço, ela fez a fila e parou na defesa da goleira. Mas teve papel na jogada ensaiada de escanteio com Adriana, que fez o levantamento e Diany mergulhou para deixar as mandantes na frente antes de ir para o intervalo.

Foto: Staff Images/CBF
Foto: Staff Images/CBF

Na busca por mais

As Brabas voltaram ligadas para o segundo, precisando apenas de um minuto para colocar a bola dentro da rede. Gabi Portilho observa a movimentação de Vic Albuquerque, tocou para a meia, que teve o maior espaço para finalizar na entrada da área e acertar o canto esquerdo.

O tempo passou a ser inimigo das Gurias. Em cada jogada, um erro individual, além da dificuldade na marcação. Para tentar melhorar, Maurício precisou fazer substituições. O Inter tentava ameaçar, mas faltava forças, enquanto o time de Arthur Elias tentava ampliar, mesmo com um ritmo menor, no qual não impedia de perder o domínio. 

Aos 28, Portilho foi acionada na área, esperou o quique da bola e tentou surpreender Mayara, mas mandou para fora. O cronômetro passava e a torcida alvinegra aumentava o barulho, não calando nem com o erro de Lelê. A goleira entregou nos pés da xará Lelê. A atacante arrematou por cima do gol. Contando com a falta de fôlego e energia das visitantes, o Corinthians buscava a ampliar, e a torcida vinha junto com os gritos de “é campeão”. Teve uma diminuição com a bela cobrança de falta de Yasmim, tirando tinta do poste, mas a comemoração veio logo em seguida. Depois de jogada trabalhada, entre Adriana e Jaqueline, a redonda chegou para Jheniffer fechar a conta.

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