Nesta segunda-feira (3), o Botafogo perdeu para o Palmeiras, por 3 a 1, no Estádio Nilton Santos. Após o jogo, o técnico Luís Castro destacou o apoio da torcida, já que os alvinegros continuaram cantando depois do apito final do árbitro, reconhecendo o esforço dos jogadores diante do líder isolado do Campeonato Brasileiro.

"Hoje fiquei satisfeito pela manifestação de apreço à equipe, foi o reconhecimento primeiro de que competimos, e depois que nós não nos acovardamos, não fomos covardes, quisemos sempre jogar. Tivemos pela frente um grande adversário, que tem 10 pontos de vantagem sobre o segundo, que é bicampeão da Libertadores, uma equipe consolidada. Nossa torcida reconheceu nosso trabalho e que não fomos covardes. Acabamos com dois pontas, com Jeffinho de 10, com muitos jogadores na frente, quisemos ir à procura da nossa sorte, com o coração," afirmou.

Na sequência o técnico também falou que vai respeitará sempre o sentimento dos torcedores, sendo eles positivos ou negativos.

"Respeito muito aquilo que são os torcedores do Botafogo, quando se manifestam de forma positiva ou negativa. Acontece o mesmo na minha vida, olho para coisas e geram-se sentimentos de agrado ou desagrado. Sentir a vaia custa a todos nós. A quem não custa? Nós trabalhamos muito sempre, mas temos que aceitar. Às vezes há maus desempenhos e isso tem que ser criticado. O ser humano é livre. O que me desagrada é a falta de respeito ao ser humano."

LESÕES 

O técnico alvinegro atribuiu o número de lesões à grande intensidade dos treinos e à falta de igualdade na situação física dos atletas, lembrando que os jogadores contratados chegaram de diferentes campeonatos com distintas condições físicas.

"Se eu tiver jogadores sentados ou deitados numa cama eles não se lesionam. Se eu der uma intensidade moderada ao trabalho eles também não se lesionam. Se eu der intensidade maior aos trabalhos diários é natural que o risco de lesões aumente. Eu prefiro ter um time pronto para competir, mesmo arriscando um pouco mais naquilo que o trabalho diário. Felizmente todos respondem de forma muito forte a todas as tarefas, e alguns podem ter mais riscos de lesionar." 

"Não é uma coisa que quero olhar de lado, eu olho de frente, mas é a primeira vez que tenho tantas lesões. Foi um ano muito atípico. Talvez porque tivemos ao longo do ano jogadores que chegaram em diferentes situações. Nunca fomos homogêneos, então é natural os jogadores em diferentes formas, com o mesmo trabalho, que o corpo tenha reações diferentes, vindo de campeonatos diferentes," completou.

Com a derrota, o Botafogo estaciona no meio da tabela, na décima posição, com 37 pontos. Seu próximo compromisso será diante do Avaí, em Florianópolis, na quinta-feira (6), às 20h.