Sofrimento e emoção até o apito final. O Botafogo não realizou o seu melhor jogo. Pressão, pressão e pressão. Foi assim que o Glorioso conseguiu carimbar a vaga para a próxima fase da Copa do Brasil ao empatar em 1 a 1 contra o Sergipe, na Arena Batistão. O Gipão saiu na frente com golaço de falta de Potiguar, mas Adryelson apareceu sozinho em cobrança de escanteio e garantiu a classificação no apagar das luzes. 

Golaço antes do intervalo

Devido ao regulamento, o Gipão mostrou concentração e ocasionou perigo antes do cronômetro chegar no primeiro minuto de jogo. Ronan deixou para Pedro Henrique, que finalizou cruzado ao receber em velocidade na área. Lucas Perri fez grande defesa. O Botafogo tentou responder logo em seguida. Carlos Alberto foi lançado na área. Ele dominou e bateu fraco, facilitando a vida de Dida. Em duelo movimentado, os donos da casa pressionaram a saída de bola, com entradas firmes dos adversários, mas dando certo espaço para sair nos contra-ataques.

Apesar do início movimentado, o ritmo do jogo caiu, ficando bastante faltoso, fazendo nenhuma das equipes criarem grande perigo. O Glorioso até tinha mais posse de bola, contudo, encontrava dificuldades de controlar e sair pelas beiradas no campo. O Sergipe aproveitava da situação e quase abriu o marcador aos 38. Após sair em contra-ataque, Pedro Henrique deixou Ronan cara a cara com Lucas Perri. O camisa 11 deu uma segurada e tentou tirar do goleiro, que cresceu para cima do jogador. Os comandados de Rafael Jacques mostraram persistência e foram recompensados nos acréscimos. Potiguar cobrou falta em direção ao gol e acertou o ângulo da meta alvinegra, não dando nenhuma chance ao goleiro.

Classificação no apagar das luzes

O Gipão retornou para o segundo tempo em busca da ampliação, tendo duas boas chances com Fabiano e outra da dupla que originou o gol: Pedro Henrique dando passe para Ronan. Entretanto, Lucas Perri evitou que a diferença aumentasse em ambas oportunidades. O Botafogo até conseguiu sua segunda finalização, quando Lucas Fernandes bateu colocado na entrada da área, buscando o ângulo, mas Dida segurou firme. 

Com o passar do tempo, o time de Luís Castro mostrava desorganização tanto na parte ofensiva, quanto na defensiva. Tentando melhorar o time, o técnico português resolveu mexer no time. Em contrapartida, o Gipão foi diminuindo a sua intensidade, não conseguindo marcar no 3 contra 1, no qual havia tendo êxito. Aos 28, Tchê Tchê conseguiu algo diferente. Na base da jogada individual, cruzou fechadinho da linha de fundo. Matheus Nascimento chegou atrasado, e mesmo assim, desviou e mandou com perigo à esquerda do gol. 

A perda do fôlego não tirou os sergipanos de cena. Em cobrança de falta da entrada da área, Potiguar mandou em direção ao gol, de forma firme. Lucas Perri realizou milagre ao salvar com uma das mãos e a bola bateu na trave logo em seguida. Essa sim foi a última cena. O Glorioso partiu para cima, aumentando a pressão, mas abusando nos lançamentos aéreos, esperando alguém colocar no fundo das redes. Lucas Piazon, um dos que saíram do banco, também tentou responder na bola parada, precisamente, em cobrança de falta. O meia bateu direto, tirando tinta da trave. 

Na reta final, Lucas Perri mandou para área adversário por conta de escanteio. O goleiro cabeceou na segunda trave e Dida espalmou. Matheus Nascimento pegou a sobra e tocou para Lucas Piazon, que mandou para fora. A pressão foi aumentando e vieram escanteios atrás de escanteios. E, no último lance, depois de tanta pressão, Adryelson aproveitou o canto, surgiu sem marcação e completou na risca da pequena área, garantindo a classificação alvinegra.

Cenas lamentáveis 

Assim que o árbitro Bráulio da Silva Machado decretou o término do jogo, o presidente do Sergipe, Ernan Sena invadiu o campo e agrediu a arbitragem. A PM precisou intervir, fazendo a proteção da equipe de arbitragem.