A Conmebol anunciou nesta sexta-feira (30) outras mudanças para a Libertadores da América. Dentre as já divulgadas no início desta semana, que incluem medidas que as equipes envolvidas na disputa da Sul-Americana e da Libertadores vão precisar se adaptar, está uma que poderá, finalmente, alavancar o futebol, mas o feminino.

Entre as novas determinações está a obrigação de ter uma equipe de futebol feminino e o prazo para adaptação será de dois anos, ou seja, até 2019. A medida visa aumentar a visibilidade, o investimento e a atenção dos clubes ao esporte, que já tem o olhar da Conmebol desde 2009.

"O solicitante (à licença) deverá ter uma primeira equipe feminina ou associar-se a um clube que possua o mesmo. Além do mais, deverá ter pelo menos uma categoria juvenil feminina ou associar-se a um clube que possua. Em ambos os casos, o solicitante deverá prover de suporte técnico e todo o equipamento e infraestrutura (campo de jogo para a disputa de jogos e treinos) necessária para o desenvolvimento de ambas as equipes em condições adequadas. Finalmente, se exige que ambos os times participem de competições nacionais e regionais autorizadas pela respectiva associação membro", diz o documento do regulamento.

Isto significa, também, que a equipe feminina não é meramente para cumprir exigências. Os times devem investir mesmo no time, dar condições de trabalho aos envolvidos e disputar campeonatos da modalidade.

O Brasil é o maior campeão na Libertadores de Futebol Feminino. O São José levantou três taças e é até hoje uma das equipes mais fortes no país. O Santos, na época de Marta e companhia, conquistou dois, seguido pela Ferroviária-SP que tem um, vencido em 2015. O único troféu que não está em solo brasileiro tem o Foz Cataratas-PR como vice, já que as meninas foram derrotadas pelo Colo Colo (Chile) em 2012.