Após sair da cadeia em abril, ser contratado pelo Boa Esporte e jogar cinco jogos, o goleiro Bruno terá que retornar a prisão. Após ter conseguido um habeas corpus a um mês e meio atrás o Superior Tribunal Federal revogou nesta terça-feira,25, o pedido de liberdade do jogador concebido pelo ministro Marco Aurélio Mello e com 3 votos a 1, ficou decidido que Bruno retornará a prisão para cumprir a pena de 22 anos e 3 meses pelo homícidio de Eliza Samudio. A decisão ocorreu após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que avaliou que Bruno deveria esperar na prisão enquanto o Tribunal de Justiça de Minas Gerais não avalia seu recurso.

A demora para o julgamento definitivo do goleiro é parte da estratégia de defesa do advogado de Bruno, com a revogação do Habeas Corpus um novo mandato de prisão deverá ser aplicado ao jogador no próximos dias. Lucio Adolfo, advogado de Bruno, confirmou que o jogador se apresentará novamente a justiça mas não vê a necessidade de prende-lo novamente.

Não há motivos para prender o Bruno novamente. Ele está trabalhando de forma honesta, jogando sem problemas e não faz mal a ninguém. Quando ele estava preso, levaram quatro anos sem analisar o recurso, mas, depois que foi solto, resolveram acelerar as coisas”, disse.

O julgamento do Habeas Corpus foi votado por Alexandre de Moraes, e os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Rosa Weber. Moraes, Weber e Fux votaram pela derrubada da liminar, enquanto Mello defendeu sua decisão. Bruno deixou o APAC em 24 de fevereiro, desde então vem jogando pelo  Boa Esporte e fez cinco partidas pelo clube, sendo um empate por 1 a 1 o resultado do jogo de estreia do goleiro. Disputando o segundo módulo do Campeonato Mineiro. Antes de ser solto provisoriamente, Bruno cumpriu seis anos e sete meses, apenas, de sua pena.