Na tarde deste domingo (22), a Seleção Brasileira entrou em campo pelas quartas de final do Mundial Sub17. Contra a forte equipe da Alemanha, os meninos brasileiros teriam seu primeiro grande desafio na competição. Antes do apito inicial, o histórico do confronto apontava três vitórias do Brasil, duas derrotas e um empate.

Neste duelo sem favoritos entre duas potências da categoria, prevaleceu o ímpeto e a bravura da equipe brasileira. Após sair perdendo na primeira etapa, o time verde e amarelo buscou forças e virou a partida, vencendo por 2 a 1. Weverson e Paulinho anotaram pelo Brasil, enquanto Jann-Fiete Arp abriu o placar, de pênalti.

Na semifinal, a Seleção Brasileira encara a Inglaterra. Nas quartas, os ingleses, apontados como um dos principais favoritos ao título, tiveram "atuação de gala" e golearam os Estados Unidos por 4 a 1.

Na outra semifinal, a Espanha terá pela frente a Seleção de Mali, única remanescente africana na competição. Os espanhóis, que estavam no grupo do Brasil na primeira fase, bateram o Irã por 3 a 1, enquanto Mali eliminou Gana, com vitória suada por 2 a 1.

Início a mil por hora, trave e falha da defesa

Jann Arp abriu o placar em cobrança de pênalti (Foto: Buda Mendes - FIFA via Getty Images)

A Seleção Brasileira iniciou a partida com grande ímpeto, sufocando o adversário e pressionando pelo primeiro gol. Logo aos 4', Lincoln e Marcos Antônio tabelaram bonito, mas o goleiro alemão se antecipou, impedindo a conclusão ao gol. Aos 6', Alanzinho pegou a sobra de uma dividida e finalizou firme, mas viu a bola caprichosamente explodir na trave de Plogmann.

O bom começo do Brasil acuou os alemães. Tudo parecia propício para a seleção verde e amarela logo abrir o marcador. Mas não foi o que aconteceu. Aos 19', Luan Cândido saiu jogando errado, dando a bola para Yeboah em ótimas condições. Halter, tentando impedir a finalização, derrubou o atacante dentro da área, cometendo a penalidade. Na cobrança, Jann Arp deslocou Brazão e abriu o placar.

O gol abateu demais a Seleção Brasileira, que começou a afobar suas investidas no ataque e cometer inúmeros erros defensivos consecutivos, principalmente pelos pés de Luan Cândido, visivelmente nervoso após a falha que originou o pênalti. Abouchabaka e Yeboah levavam grande perigo à meta de Gabriel Brazão, e por pouco o segundo gol alemão não saiu ainda no primeiro tempo.

Mudança de postura, luta e virada

(Foto: Buda Mendes - FIFA via Getty Images)

O Brasil voltou para a segunda etapa com outra postura. Mostrando maturidade, os brasileiros foram pra cima, buscando a virada a qualquer custo. Aos 8', Alanzinho arriscou de fora da área, assustando Plogmann. Aos 10', Paulinho e Weverson, que substituiu Luan Cândido no intervalo, criaram boa trama pela esquerda. O lateral cruzou bem, mas Lincoln foi travado na hora H.

A pressão brasileira continuou. Aos 14' quase o empate veio, mas o arqueiro alemão fez defesa dificílima em finalização de Lincoln, espalmando para escanteio. Brenner cobrou o tiro de canto na cabeça de Lincoln, mas o atacante errou o alvo por muito pouco. Aos 20', Lincoln bateu a marcação alemã e arrancou livre pelo lado direito. Dentro da área fechavam dois brasileiros sozinhos, mas o camisa 9 colocou força demais no passe, e a bola passou rente ao gol.

De tanto martelar, a Seleção Brasileira chegou ao merecido empate. Aos 26', Alanzinho pegou a sobra de um desarme na meia-lua e viu bem a ultrapassagem de Weverson, pela esquerda. O lateral encheu o pé e fuzilou o goleiro alemão, sem nenhuma chance de defesa: 1 a 1. Animados pelo empate, os brasileiros foram pra cima.

A virada quase veio aos 27', em contra-ataque fulminante puxado por Alan. Paulinho recebeu do meia, mas mandou pra fora. Como um rolo compressor, o Brasil desperdiçou nova chance aos 30', desta vez com Lincoln. Aos 31', a virada veio pelos pés de Paulinho, um dos melhores em campo. O camisa 7 recebeu de Yuri, fintou a marcação na altura da intermediária e mandou um petardo pro gol, sem chance pro goleiro alemão: 2 a 1!

Em desvantagem, Christian Wueck promoveu alterações e foi pro tudo ou nada. Os alemães pressionaram demais nos minutos finais, com faltas e escanteios consecutivos, mas a defesa brasileira se portou bem e conseguiu segurar a grande vitória.