Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, criticou os dois técnicos que passaram pelo Galo neste ano, Diego Aguirre e Marcelo Oliveira, e exaltou o treinador escolhido para assumir o time em 2017, Roger Machado. Em entrevista ao canal ESPN Brasil, o prefeito de Belo Horizonte aprovou a contratação do ex-treinador do Grêmio, que assinou contrato até o fim de 2018.

A aposta do Atlético no Roger é uma boa aposta porque é um técnico que mostrou um trabalho [no Grêmio], é jovem, moderno, e parece estudioso. Mas quero lembrar a todo mundo que, quando eu trouxe o Vanderlei Luxemburgo, e até hoje mantenho com ele uma ótima relação, a torcida do Atlético foi buscá-lo no aeroporto e nós quase caímos para a segunda divisão. Então, esse negócio de cobrar a engenharia de obra pronta eu não concordo, não”, afirmou o ex-mandatário alvinegro.

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Kalil se mostrou contra às escolhas de Daniel Nepomuceno, atual presidente do Atlético, para comandar o Galo em 2016. Aguirre, que assumiu o time em janeiro, deixou o clube quatro meses depois após a eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores para o São Paulo. Marcelo Oliveira sucedeu o uruguaio, mas também fez um trabalho aquém do esperado, recebeu muitas críticas e acabou demitido depois de perder o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, por 3 a 1, diante do Grêmio, no Mineirão.

Ele [Nepomuceno] cometeu erros porque são erros que eu costumo dizer o seguinte: se você trouxer um treinador estrangeiro para o Brasil, que fizer um sucesso absoluto, você está estreando. Vai ser uma estreia. Então, se o Aguirre fosse um fenômeno, que falaram que ele era, o presidente tinha feito uma grande descoberta. Porque ao que me consta, nenhum técnico estrangeiro fez grande sucesso no Brasil. Essa primeira aposta, eu disse isso a ele quando consultado”, contou Kalil.

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E quanto ao Marcelo Oliveira, eu não sou fã do Marcelo Oliveira, o próprio Marcelo sabe disso. Eu o respeito como treinador, os títulos que ele tem, mas foi o primeiro técnico que eu demiti quando entrei no Atlético. Então, eu também não fui consultado, mas acreditei que o Marcelo de 2009 não era o Marcelo de 2016, que ele trazia quatro finais de Copa do Brasil, com um título, um bicampeonato brasileiro, mas também não fui consultado”, completou.