O Atlético-MG enfrentou o Sporting Boys da Bolívia nessa quinta-feira, (13), pelo segundo jogo da fase de grupos da Copa Libertadores da América. O clube alvinegro venceu por 5 a 2, mas com grandes dificuldades. Com o Galo marcando seu gol no começo do primeiro tempo, o time boliviano chegou ao empate em uma falha individual do zagueiro Gabriel e já na etapa complementar conseguiu surpreendentemente a virada em cima do Galo dentro do Horto.

Após o técnico, Roger Machado, fazer as substituições, colocando o Rafael Moura no lugar do Otero e Cazares no lugar do Robinho, o Atlético conseguiu bagunçar taticamente o adversário e chegou a vitória com quatro gols de Fred

O comandante alvinegro, em entrevista coletiva, falou o que foi preciso fazer para conseguir sair da marcação em linha feita pelo clube boliviano dificultando a infiltração dos atacantes pelo meio.

"Para a frente a gente foi desde o início do jogo. O adversário veio com uma proposta estabelecida, se defendendo com uma linha de cinco e uma de quatro à frente, apenas com o Tenório entre os zagueiros. Assim, marcaram nossas laterais. Conseguimos um gol bem cedo, característica do Galo na Libertadores. O adversário não mudou a postura e achou o gol numa jogada de igualdade dentro da área, sabendo jogar pelas laterais. Jogamos em cima do adversário. Mas tentamos entrar pelo meio, com a área deles recheada, o que facilitava o contra-ataque do rival. Os números no primeiro tempo foram nossos", comentou.

Roger também comentou sobre o aproveitamento do adversário em cima das falhas da equipe alvinegra.

"No segundo tempo, em uma bola parada nossa, eles saíram em contra-ataque e marcaram mais um gol. Colocamos o Rafael Moura para mudar a característica do jogo. Empurramos o adversário para o campo deles. Conseguimos o empate e a virada. Foi importante, com a cara do Atlético. Temos que entender que, quando não dá para jogar, tem que competir muito. A torcida veio e foi ponto alto em nossa virada. Será assim. Não dá para pensar que vai ser diferente, achar que vai ser fácil marcar os gols. Os times chegam aqui com propósito claro, mas não conseguiram estragar nosso objetivo”, completou.

O técnico atleticano explicou a razão das substituições e o que elas contribuíram para o resultado positivo do jogo.

“O Otero levou uma pancada no começo do jogo, mas minha opção foi tática. Coloquei dois jogadores perto dos zagueiros e não precisava de um condutor de bola, e sim de um articulador. O Cazares tem essa característica e acabou flutuando pelas linhas, jogando pelo lado e pelo centro. A dificuldade é do jogo. Não vamos esmagar os adversários do começo ao fim. Quando não dá para jogar, tem que competir muito", concluiu.