O Atlético-MG encerrou a preparação para enfrentar o Libertad, do Paraguai, nessa quarta-feira (19), treinando no estádio Adrian Jara, do clube General Diaz, em Assunção. O técnico Roger Machado comandou o treino e, em entrevista coletiva após a atividade, descartou qualquer possibilidade de mudança tática na equipe.

“Neste momento, não penso em mudar o sistema, mas, talvez, alterar a característica de determinado jogador ou posição, em função de ser um jogo fora, de uma jogada mais forte em determinado setor do campo”, disse.

Questionado sobre a importância do jogo para o clube paraguaio, o técnico alvinegro fez questão de destacar a reciprocidade da importância para o Galo.

“Se para o Libertad é a partida da vida, para a gente também. Defendemos a liderança do grupo. Depois do empate na estreia e da derrota em casa, é um jogo decisivo para nosso adversário. Mas para a gente também é decisivo, pois uma vitória encaminha muita coisa”, comentou.

Roger também falou sobre o favoritismo alegado pelo técnico do Libertad. “Orçamento não entra em campo, efetivamente. O fato de ter um orçamento maior, não nos dá vantagem na partida. O que nos dá vantagem são esses jogadores mais talentosos, que fazem o orçamento maior, que possam decidir a nosso favor. Agora também há o ponto de o adversário transferir um pouco da responsabilidade do confronto”, comentou.

Perguntado sobre a cobrança da torcida por melhores atuações, o comandante alvinegro disse que grupos vitoriosos dificilmente se constroem em um ambiente completamente calmo.

“Dificilmente se constroem grupos vitoriosos em perfeita calmaria. Grupos experientes se tornam vitoriosos provando em momentos de adversidade, subindo um degrau na produtividade. Pela experiência deles e vivência da comissão, a cobrança faz parte do jogo. Não é dando a resposta de qualquer forma que vamos conseguir evoluir. É sabendo que, embora haja instabilidade neste momento, os objetivos da temporada estão sendo plenamente alcançados. O que temos que administrar são os desejos do torcedor de ver de uma forma diferente, saber lidar com questões de momentos, saber que você vai ter revés, pois nenhuma equipe vai começar o ano e terminar jogando da mesma forma. O importante é, quando não atuarmos no mesmo nível, conseguirmos ser competitivos e vencer. Isso vai reforçar a confiança. Quando há a desconfiança do torcedor, a gente entende, assimila, transforma energia em trabalho e devolve para dentro de campo. 
“Em nenhum momento vou estar satisfeito. Tem margem sempre para mais''
, concluiu.

O Atlético deve ir a campo com: Giovanni; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca; Otero, Elias, Robinho, Cazares; Fred.

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