Em um clássico de tempos distintos, o Atlético derrotou o Cruzeiro, por 2 a 1, na tarde deste domingo (7), na Arena Independência, e conquistou o Campeonato Mineiro 2017. A equipe alvinegra dominou a primeira etapa e abriu o placar com Robinho. O time celeste voltou mais ofensivo para o segundo tempo e chegou a empatar o clássico, com um golaço de ÁbilaElias, porém, anotou o gol do 44º título mineiro do Galo.

Com a vitória, o Atlético quebrou um jejum de oito partidas sem vencer o maior rival. Foram cinco vitórias da Raposa e três empates. O último triunfo da equipe atleticana sobre a Raposa havia sido em 2015, pelo Mineiro.

Agora, o Atlético se concentra no Campeonato Brasileiro. No próximo sábado (14), a equipe alvinegra enfrentará o Flamengo, no Maracanã, às 16, pela rodada de abertura do Brasileirão. Já a Raposa voltará a campo na quarta-feira (10), às 19h15, para encarar o Nacional, do Paraguai, em Assunção, valendo pelo jogo de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana.

Atlético neutraliza Cruzeiro e sai na frente

Após os técnicos Roger Machado e Mano Menezes pouparem titulares nos jogos da última quarta-feira (3), Atlético e Cruzeiro entraram em campo no Independência com força máxima. O Galo, aliás, teve uma alteração em relação ao primeiro jogo, no Mineirão: Maicosuel e Marlone deram lugar a Adilson e Otero. Com isso, o time alvinegro se postava em um 4-4-2, tendo Fred e Robinho à frente das linhas de quatro.

O Cruzeiro, em seu tradicional 4-2-3-1, começou melhor, pressionando o rival. Porém, o Atlético foi mais efetivo em sua primeira chegada com perigo. Robinho construiu jogada pelo meio, abriu para Fred na ponta direita, e o camisa 9 devolveu para o “pedalada”, que, dentro da área, não desperdiçou.

Aos 29 minutos, Robinho balançou as redes novamente, mas o assistente marcou impedimento, e gol foi anulado. A dupla Fred-Robinho estava impossível. Ambos não davam folga à defesa cruzeirense, de modo que sempre levavam perigo quando o Atlético fazia alguma investida ofensiva. Fred, depois de boa jogada de Robinho, finalizou da entrada da área por cima do gol.

Sem nem um chute a gol, o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, inverteu Thiago Neves com Rafinha: o primeiro passou a atuar na meia esquerda, enquanto o segundo foi jogar do outro lado. A mudança, no entanto, não surtiu efeito, e o Cruzeiro encerrou o primeiro tempo sem acertar a meta de Victor.

Golaço de Ábila, Cazares desequilibrando e confusão no fim

Mano Menezes deixou o Cruzeiro mais ofensivo no segundo tempo. Ábila entrou na vaga do volante Hudson. E, aos sete minutos, o centroavante argentino provou ao técnico que valeu a aposta. Rafinha jogou a bola para a área, Ábila dominou no peito e emendou uma linda bicicleta. Golaço para empatar o clássico.

Após o tendo de Ábila, a Raposa cresceu na partida. O time passou a finalizar mais a gol, tanto de média ou longa distância. Rafael Sóbis experimentou de fora da área, mas a bola subiu por muito. Minutos depois, Arrascaeta perdeu grande chance dentro da área.

Roger Machado, técnico do Atlético, colocou gás novo em campo: tirou Otero e Robinho e para as entradas de Maicosuel e Cazares. Em sua primeira participação, Cazares fez uma linda jogada pela ponta direita, invadiu a área e tocou para a grande área, mas não encontrou ninguém. Na segunda, no entanto, o meia equatoriano encontrou Elias livre na ponta direita, o volante penetrou a grande área e soltou uma bomba em cima de Rafael, que nada pôde fazer.

O final de jogo ficou marcado por uma confusão envolvendo Rafinha, do Cruzeiro, e Adilson, do Atlético. O meia cruzeirense foi atingido no rosto pelo jogador atleticano, e acabou derrubando o oponente ao cair no chão. O árbitro Igor Junio Benevenuto aplicou o segundo cartão amarelo a Rafinha. O lance gerou revolta nos comandados de Mano Menezes. Mas, logo em seguida, Adilson cometeu falta em Alisson, recebeu outro cartão amarelo e também foi expulso.

Apesar de toda confusão, o Atlético segurou o resultado e conquistou o 44º título de Campeonato Mineiro de sua história, e o primeiro de Roger Machado como técnico.