Duas semanas depois de ser eliminado pelo Botafogo da Copa do Brasil, o Atlético-MG deu mais um vexame na temporada. Na noite dessa quarta-feira (10), o time atleticano empatou sem gols com o Jorge Wilstermann, da Bolívia, no Mineirão, e deu adeus à Copa Libertadores nas oitavas de final. No primeiro jogo, realizado em Cochabamba, os bolivianos venceram por 1 a 0.

Após a eliminação em casa, o presidente Daniel Nepomuceno concedeu entrevista coletiva e apontou alguns motivos para serem modificados no Galo. Segundo o mandatário, a equipe alvinegra precisa voltar a ter um estilo de jogo mais intenso – o famoso 'Galo Doido' –, que caracterizou o Atlético nos últimos anos.

"Se eu for ter que levantar alguns pontos, o principal para mim é: o Atlético tem que voltar para a característica dele, que é a de ir pra frente, que fez a gente levantar taças nos últimos anos", frisou.

Esta declaração de Nepomuceno, porém, entra em conflito com suas atitudes. É que o manda-chuva contratou técnicos de estilos totalmente distintos nos últimos anos: trocou Levir Culpi por Diego Aguirre, e Marcelo Oliveira por Roger Machado. O treinador da vez é Rogério Micale, cujo ideias de jogo se assemelham ao de seu antecessor, Roger.

Fora da Copa do Brasil e da Libertadores, resta ao Atlético-MG a Copa da Primeira Liga – enfrentará o Internacional, no próximo dia 30, em Porto Alegre, pelas quartas de final – e o Campeonato Brasileiro. No Brasileirão, o Galo ocupa a 15ª colocação, com 23 pontos, cinco atrás do Sport, primeiro time dentro do G-6.

Para Nepomuceno, a recuperação no campeonato nacional e a classificação à próxima edição da Libertadores viraram obrigação. "É obrigação. São cinco anos consecutivos na Libertadores. Não tem como a equipe ficar fora do G-6, até porque acabaram-se as desculpas de que não tem prazo [para treinar], não tem jogo quarta e domingo mais. Temos que aproveitar esse calendário, já que teremos só jogos do Brasileirão. Com tudo que aconteceu de errado, temos futebol para ficar no G-6", finalizou.