Contestado por boa parte da torcida do Atlético-MG, o atual presidente do clube, Daniel Nepomuceno, não irá se candidatar à reeleição presidencial da agremiação, a ser realizada em dezembro. Quem revelou foi o ex-manda-chuva do Galo Alexandre Kalil.

Em entrevista nesse domingo (17) à Rádio Itatiaia, Kalil contou que Nepomuceno havia se decidido há meses. O ex-presidente atleticano até tentou convencer Daniel, mas o dirigente já estava convicto em sua posição.

"Parece que o Daniel não quis [disputar] a reeleição ontem ou no mês. Eu já sei que ele não seria candidato à reeleição há seis meses. Claro que é uma escolha pessoal dele. Quando ele veio me falar que não queria ser candidato, eu disse 'Daniel, volta pra casa e pensa'. Até pela idade dele, eu disse 'volta pra casa e pensa', mas ele falou 'não quero, não quero'. Então, é claro que quem escolheu não ser presidente do Atlético foi ele", afirmou.

Com Nepomuceno fora da disputa, o advogado Sérgio Sette Câmara surge como possível candidato da situação na eleição que está marcada para o último mês deste ano. A oposição já conta com dois pré-candidatos: os empresários Fred Couto e Fabiano Ferreira.

Estádio do Galo

Kalil se mostrou a favor da construção de um estádio para o Atlético. O atual prefeito de Belo Horizonte usou exemplos de grandes clubes europeus para justificar o projeto.

"Se quiserem discutir se o estádio é bom ou ruim, posso responder. Se shopping fosse bom, o Barcelona tinha, o Real Madrid tinha e o Arsenal tinha. Então, se eles têm estádio, provavelmente estádio deve ser melhor que shopping", declarou.

O shopping mencionado por Kalil é o Diamond Mall, localizado ao lado da sede do clube. O Galo pode vender 50,1% do shopping para a Multiplan, atual administradora do negócio, o que geraria R$ 250 milhões às obras de construção do estádio.

A votação do Conselho Deliberativo do clube, que decide se o plano da arena sai ou não do papel, acontecerá nesta segunda-feira. Para a aprovação, é necessário que haja 260 votos, o que corresponde a dois terços dos 390 conselheiros aptos a julgar.