Rodeado de expectativas, o Atlético-MG viveu momentos de altos e baixos neste ano e, agora, luta para “salvar” a temporada, obtendo a classificação à próxima edição da Copa Libertadores via Campeonato Brasileiro. De campeão mineiro e melhor equipe da primeira fase da Libertadores 2017, o Galo foi ladeira abaixo no segundo semestre da época atual.

Acabou eliminado da Libertadores, Copa do Brasil e Copa da Primeira Liga, além de apresentar uma campanha fraca no Brasileirão e estar, atualmente, com seu terceiro técnico. Para o meio-campista Elias, há um motivo para a queda brusca de rendimento da equipe atleticana no ano: a demissão de Roger Machado.

Em entrevista ao programa “Aqui com Benja”, do Fox Sports, o jogador saiu em defesa do ex-comandante, e acredita que sua saída do time foi injusta.

A equipe vinha bem no primeiro semestre: tinha ganhado o título do Mineiro, classificou em primeiro geral [da fase de grupos] da Libertadores... E devido a alguns jogos que a gente perdeu dentro de casa, custou a demissão do Roger, que, ao meu ver, foi primordial para que o time tivesse esse declínio. Porque o Roger vinha bem, fazendo um bom trabalho. Acho que o time todo gostava dele, gostava de trabalhar com ele. [O Roger] tinha seus defeitos, como todo treinador tem, mas, ao meu ver, ele caiu na hora errada”, pontuou.

Roger Machado deixou o Atlético em julho. Para o lugar do ex-gremista, a diretoria acertou com Rogério Micale, campeão olímpico com a Seleção Brasileira na Olimpíada Rio-2016. Micale, no entanto, não teve desempenho satisfatório, permanecendo apenas dois meses à frente do Galo. A bola da vez, agora, é Oswaldo de Oliveira, cujo contrato com o clube vai até o fim de 2018. Mas Oswaldo já tem uma sombra: Cuca, recém-demitido do Palmeiras, é especulado para assumir a equipe no ano que vem.

De acordo com Elias, a agremiação alvinegra sofreu com a ausência de Eduardo Maluf, ex-diretor de futebol do Atlético, falecido no mês de junho devido a um câncer no estômago.

Acho que a gente sentiu muito a falta do Maluf. Ele era um cara que estava próximo do futebol, que sabia cuidar das situações, e a gente acabou sentindo sua falta”, afirmou o volante, que voltou a comentar a saída “prematura” de Roger do Galo.

Eu acho que o Atlético perdeu muito quando o Roger foi demitido, foi num momento ruim. A gente estava perto do jogo de volta da Copa do Brasil, contra o Botafogo, que a gente tinha ganhado a ida por 1 a 0; aí, tinha esse e o jogo contra o Jorge Wilstermann, também pela volta da Libertadores. Foi nesse intervalo dos dois. Chegou o Micale, com outras ideias, uma nova filosofia, uma ideia boa, também; isso custou muito. Acho que a partir do Roger foi a virada de chave para o declínio da equipe”, finalizou.