A temporada de 2017 do Atlético-MG chegou ao fim com um gosto amargo. Com 54 pontos e na nona colocação do Campeonato Brasileiro, o torcedor atleticano encerrou o ano com sentimento de frustração.

O Galo conquistou a taça do Campeonato Mineiro, batendo o rival Cruzeiro na decisão, no primeiro semestre. No entanto, sucumbiu nas oitavas de final da Copa Libertadores, nas quartas da Copa do Brasil e fracassou na tentativa de disputar a sexta Libertadores seguida – ficou em nono na tabela da Brasileirão, dependendo da vitória do Flamengo na final da Copa Sul-Americana para ir à competição continental, o que não aconteceu.

Neste especial de retrospectiva, a VAVEL Brasil faz a análise individual de todos os jogadores do Atlético na temporada 2017. Quem se destacou? Quais foram as gratas surpresas? Quem mais decepcionou? Acompanhe nossos comentários abaixo.

Goleiros:

Victor - Não participou do início da temporada por ter lesionado o cotovelo em dezembro de 2016. Ao retornar, teve um pouco de dificuldade e insegurança mas adquiriu ritmo de jogo e ao longo do ano manteve o nível com grandes atuações salvando muitas vezes o Atlético de resultados adversos. 

Giovanni - Substituto de Victor nas partidas do início do ano, enfrentou altos e baixos nos jogos que disputou. Apresentou boas atuações nas primeiras partidas mas não conseguiu passar confiança no resto de sua titularidade não agradando grande parte da torcida. No meio da temporada se lesionou retornando somente nas últimas rodadas do campeonato.


Uilson - Atuou apenas em três partidas durante o ano. Apresentou uma evolução em relação ao ano anterior mas não teve chance de continuidade. Em novembro lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.

Cleiton -  Estreou contra a Chapecoense na Arena Condá e não teve mais oportunidades para ser avaliado. Fez um jogo tranquilo, sem muitas exigências, não levou gol e agradou ao torcedor, segue como o quarto goleiro. 

Laterais:

Marcos Rocha - Titular absoluto, teve um começo de ano abaixo do esperado. Teve o carro amassado em protesto antes do clássico no Campeonato Mineiro e como resposta apresentou um bom futebol ao longo dos meses decorrentes. Lesionou no meio da temporada e não voltou com atuações tão boas quanto antes. Fecha o ano em dívida com o torcedor e com possibilidades de deixar o clube na temporada seguinte. 


Carlos César - Ano marcado pela lesão grave no tornozelo esquerdo em maio, na rodada de estreia do Atlético pelo Brasileirão. Belo gol contra a Chapecoense na Copa da Primeira Liga marcou o ponto alto do jogador na temporada.

Alex Silva -  Emprestado ao América - MG, voltou as pressas ao Atlético para suprir as baixas na lateral. Com problemas de bronquite não atuou em alguns jogos que seria titular e nos que jogou não apresentou muita evolução técnica. 


Fábio Santos -  Um dos jogadores com o maior número de partidas disputadas no ano. Não teve um bom início de temporada, se destoou quando o time não apresentava um bom futebol e manteve uma regularidade no decorrer do ano. Fecha o ciclo como um dos melhores do time. 

Leonan - Subiu ao profissional em 2016 e fez apenas cinco partidas. Em 2017 foi o lateral do Atlético no torneio da Flórida Cup marcando seu primeiro gol. Atuou em poucas partidas no ano sem grande destaques ou falhas,no meio da temporada passou a ser utilizado no elenco que jogou o Brasileirão de Aspirantes. 

Mansur - Pouquíssimo utilizado nos anos anteriores, foi emprestado ao Sport e atuou no time B. Voltou ao time principal no final da temporada mas não foi acionado em nenhum jogo.

Zagueiros:

Leonardo Silva - Com 37 anos passou por um ano com muitas lesões que atrapalharam a continuidade de jogo. Ainda assim, titular incontestável manteve a postura de capitão, foi importantíssima ao time e continuou com a bola toda com a torcida, considerado por muitos o melhor zagueiro do elenco atual.

Erazo - Machucado no quarto dia da pré - temporada, o ano não foi nada promissor. O jogador atuou em menos de 5 partidas, de maneira mediana, envolveu em confusões extra - campo com sua esposa e antes do meio da temporada foi cortado do elenco atleticano que já deixou claro não contar com o atleta em 2018.

Gabriel -  Titular ao lado de Léo Silva, o jovem prata da casa, foi acionado em 2016 e firmou sua titularidade de vez. Ao lado de Fábio Santos manteve uma regularidade, mesmo sofrendo duas lesões ao longo do ano. Não foi alvo de duras críticas, falhou poucas vezes, marcou alguns gols e fez seu papel em campo. Promissor, ao lado do experiente companheiro tende a evoluir a cada ano.

Felipe Santana -  Uma 'montanha russa' em campo. Duramente criticado e com razão,  após falhar crucialmente contra o Cruzeiro, na Primeira Liga, no início do ano e contra o Atlético - PR no Brasileirão. Nos, poucos, jogos em que substituiu Léo/Gabriel conseguiu, em contraponto, conseguiu fazer algumas boas partidas. Aos 32 anos, procura melhorar a forma física mas não empolga o torcedor.

Matheus Mancini - Estreou na partida contra a Chapecoense, contra o clube que o pai comandava, e mesmo com toda essa 'pressão' fez uma boa atuação. Muito lembrado pelo pênalti bobo cometido na partida contra o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro, no RJ, que cedeu o empate ao clube carioca.

Bremer - Jovem zagueiro que apresentou crescente no final do ano. Não comprometeu, fez o básico e mostrou calma ao ser utilizado em situações de 'fogueira' durante a temporada. 

Volantes:

Yago -  Criticado por grande parte da torcida na época dos comandantes Roger Machado e Rogério Micale. Apresentou grande evolução com a chegada de Oswaldo de Oliveira, ganhou confiança e passou a agradar ao torcedor. Fez um início de temporada ruim mas conseguiu fechar o ano com grandes atuações sendo muitas  vezes considerado o melhor em campo.

Elias -  Por ser um medalhão,com passagens no Corinthians e Flamengo, veio com grande apreço pelo torcedor. Seu melhor momento foi com o comando de Roger Machado, no início de ano, porém, ao decorrer da temporada caiu de rendimento e não supriu a expectativa criada em cima dele. Protagonizou várias expulsões prejudicando diretamente o time. Fecha o ano como um das grandes frustrações do elenco.

Adílson -  Passou por dois momentos: antes da lesão e depois da lesão. Antes da lesão era considerado o substituto definitivo do volante Leandro Donizete por possuir características parecidas em relação a forte marcação e a grande capacidade de desarme de bola. No meio da temporada se lesionou e quando retornou não voltou nada bem, apresentou um futebol mediano muito caracterizado pelos erros de passes.

Roger Bernardo - Chegou em julho e não convenceu. Fez boa partida contra o São Paulo, no Morumbi mas no geral não mostrou grandes atuações. Não correspondeu a burocracia enorme que foi para te-lo no elenco. 

 Gustavo Blanco - Jovem e muito promissor. Pouco utilizado no ano devido a lesão grave durante a sua transferência mas ainda assim agradou ao torcedor. O retorno pós lesão não alterou o rendimento do atleta que, com uma continuidade, promete incomodar em busca de titularidade.

Meias:

Juan Cazares - Muita polêmica e pouco futebol. Problemas extra - campo marcaram a temporada de Cazares. O ano até começou bem mas ao decorrer dos meses o jogador não apresentou o esperado e acabou sendo reserva. O camisa 10, que em 2016 contou com, muitos, momentos de genialidade, não repetiu o feito esse ano deixando o torcedor desapontado.

Marlone - Assim como na temporada anterior, o meia emprestado pelo Corinthians mostrou-se morno. Jogou pouco mais de 3 ou 4 partidas ao decorrer da temporada e não convenceu.

 Valdívia - Fez um meio ano bom. Não foi um jogador brilhante mas contribuiu bastante ao clube. Sempre procurava chamar a responsabilidade para si e se esforçava para agradar ao torcedor dentro de campo. Algumas vezes criticado outras aplaudido, divide opiniões. No geral, não comprometeu.

Romulo Otero - Venezuelano pé de chumbo. Sem dúvidas o jogador que mais cresceu ao final da temporada. Com golaços marcados, Otero fecha o ano com a moral em alta com o torcedor não só pela qualidade do chute mas, também, pela entrega e esforço em campo em todas as partidas. Peça importante para o elenco.

Atacantes:

Luan - Prejudicado pela grande quantidade de lesões, o 'xodó' alvinegro atuou muito pouco. Na reta final do campeonato conseguiu participar da grande maioria dos jogos. Entrega, dedicação e correria não faltaram.

Robinho - Frustração e recuperação.  O maior nome do Atlético começou o ano muito á baixo do esperado e do apresentado em 2016, chegou a ficar na reserva e desapontou o torcedor, porém, com a chegada de Oswaldo de Oliveira o atacante chamou a responsabilidade para si, retomou a confiança, o bom futebol  e terminou o ano muito melhor do que começou, com boas atuações, gols e uma boa impressão. O destino em 2018 ainda é incerto.

Fred - Enfrentou um jejum de gols mas mesmo estando em um ano  considerado ruim, terminou o ano como o quinto artilheiro da história dos Campeonatos Brasileiros, artilheiro em Minas, segundo artilheiro do Brasil e o jogador com maior participação em gols nacionalmente. Peça importante.

Rafael Moura -  Não fez uma boa temporada, com muitos altos e baixos. Chegou como um grande nome para reserva de Fred só que não 'vingou' e já no meio do ano apresentou uma sequência ruim de jogos e assim finalizou o ano.

Clayton - Retornou ao clube no último semestre, foi pouco utilizado e não apresentou um futebol relevante.