Na noite de terça (6), o empate entre Fluminense e Atlético-PR marcou a quarta partida do Furacão em um intervalo de apenas nove dias. A equipe, que atualmente disputa a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, tem tido dificuldades em manter o rendimento dentro de campo – e segundo Eduardo Baptista, treinador do Atlético-PR, isso ocorre diretamente devido a organização do calendário brasileiro.

"Não tem como cobrar uma concentração mental com quatro jogos de alto nível em dez dias. Essa oscilação vai acontecer. O calendário brasileiro propicia isso. Há oscilação, são humanos. Por mais que sejam atletas. Essa queda de concentração, do nível de atenção, hoje, muitos erros de passes que a gente não costuma ter", disse o treinador.

Falando ainda sobre a dinâmica da partida, Baptista afirmou: “Fizemos 1 a 0, estávamos bem, e tivemos o controle. Mas preferimos deixar o Fluminense jogar. As alterações no intervalo foram para dar uma dinâmica no meio, ditar as regras do jogo novamente e ser mais profundo ao time do Fluminense. Com a saída do Wanderson, as coisas ficaram complicadas, a gente precisou se acertar ali, mas aí foi a garra dos atletas”, completou.

Eduardo também não poderia deixar de comentar sobre o lance mais polêmico da noite. Numa disputa de bola aérea, Renato arriscou uma bicicleta e acabou acertando o rosto do zagueiro Wanderson, que teve que deixar o campo em uma ambulância. O juiz deu ao lateral tricolor apenas um cartão amarelo. Para o treinador do Furacão, a punição ficou barata.

"Se você vir o lance, é um nocaute de UFC. (...) Faltou um pouco de critério. Se pede tanto fair play aos atletas e às comissões técnicas. O juiz tinha que ter esse fair play também, ele tinha que ver, tinha que punir", finalizou.

O Atlético-PR, que ainda não venceu no Campeonato Brasileiro, ocupa a 18ª colocação com dois pontos. O próximo compromisso do clube é contra o Santos, na Arena da Baixada, no domingo (11).