Como de costume, todas as sextas-feiras o técnico do Bahia concede entrevista coletiva, que serve como prévia para o próximo desafio do Esquadrão de Aço. Dessa vez, o mistério cercou o ambiente. O técnico Jorginho não antecipou a formação que pretende utilizar no Ba-Vi deste fim de semana, válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.

Nas atividades realizadas no Fazendão, mais uma vez o treinamento foi de portões fechados. De acordo com informações fornecidas pela assessoria de comunicação, o comandante tricolor realizou alguns ajustes no time titular, parou o treino para orientar e corrigir o posicionamento de alguns jogadores. Em seguida, comandou atividade de bola parada.

Foto: Divulgação|EC Bahia

Cinco jogadores não poderão entrar em campo por problemas físicos. O zagueiro Jackson, o volante Edson (suspenso também por seis jogos) e o atacante Hernane Brocador fizeram um trabalho à parte na academia do clube em recuperação de lesões sofridas na temporada. Além disso, o atacante Maikon Leite e o lateral Wellington Silva ficaram no departamento médico.

A grande indefinição de Jorginho é o meia Régis. A presença do jogador no time titular é incerta. De acordo com o técnico, a incerteza se ele tem condições de atuar os 90 minutos deixa a dúvida em sua mente quanto à utilização do atleta.

"Claro que a gente vem treinando essa semana com algumas possibilidades, e vou estar definindo isso de hoje para amanhã. Com certeza não vou passar isso hoje. Tenho uma ideia do que penso para esse jogo. É um jogo difícil, especial. Régis é um jogador muito qualificado tecnicamente, um dos mais qualificados dessa equipe. A única preocupação é justamente o tempo que ele ficou parado e a intensidade que será esse jogo. Não decidimos em relação a isso. Tem possibilidade dele jogar e do Vinícius começar o jogo. Vamos estar observando o treinamento. É, para mim, um bom problema ter jogadores desse nível. Qualquer um que entrar vai ter um grande desempenho", explicou.

Foto: Divulgação|EC Bahia

Jorginho falou também sobre o primeiro Ba-Vi que faz parte e das características do arquirrival Vitória. Para ele, a preocupação maior é anular a velocidade do time rubro-negro para evitar ser atacado.

"É uma equipe que está em uma situação como a gente. É uma equipe bastante veloz. Sei o quanto eles têm jogadores de velocidade. Com certeza a gente está montando uma estratégia para surpreendê-los. A gente sabe muito bem o que representa um jogo como esse. Participei de vários Fla-Flu, Vasco x Flamengo. Trabalhei no São Paulo. A gente sabe a importância que tem esse jogo, o quanto a rivalidade é importante. Ter um triunfo nesse jogo é fundamental", disse.

O treinador do Bahia também comentou o fato do jogo a ser disputado no Estádio Barradão receber apenas torcedores do Vitória, e destacou o apoio que a torcida tricolor, mesmo ciente da ausência no fim de semana, deu durante a semana como uma forma de motivação.

"É lamentável o que se tem passado no futebol brasileiro. Nunca encaro a questão do torcedor, mas do ser humano. Tem um ser humano ali, e quando a gente vê aquelas cenas como aconteceu com o Coritiba e Corinthians, é lamentável. Nossas leis são muito frouxas. São as leis do país, não só do torcedor. Tem que ser severa. É inadmissível uma torcida apaixonada como a do Bahia ficar de fora. É uma questão de falta de punição. O torcedor do Bahia é apaixonado. É a maior torcida do Bahia. A gente sabe que vão estar apoiando a gente, e, por mais que a gente saiba que há influência do torcedor no estádio, ele não pode entrar em campo. É preparar a questão psicológica dos atletas", concluiu Jorginho.

O sexto Ba-Vi de 2017 vai ser disputado às 16 horas do próximo domingo (2), no Barradão. As duas equipes ocupam a zona de rebaixamento. Enquanto o Esquadrão de Aço está no 17º lugar com dez pontos ganhos, o Leão da Barra ocupa a 18ª colocação com oito pontos somados.