O bom público presente na Arena Fonte Nova estava animado, embalado pela sequência positiva do Bahia. Não foi como o esperado, mas segue os resultados a serem considerados bons. O Esquadrão de Aço saiu em desvantagem, virou o jogo, mas permitiu o empate do Atlético-MG na reta final em 2 a 2. A igualdade no marcador não modificou muito a situação das equipes na tabela de classificação. Mérito mais uma vez para o atacante Edigar Junio, autor dos dois tentos tricolores.

Em entrevista coletiva concedida após a partida, o técnico Paulo Cézar Carpegiani elogiou o desempenho dos jogadores do Bahia, apesar de mostrar o descontentamento com a não vitória como mandante. “Independente de qualquer resultado, eu felicitei os jogadores, porque me agrada a maneira como estamos jogando. Me agrada o time tentando impor o ritmo, dentro e fora de casa. Só não gostei até hoje do primeiro tempo do Avaí. Hoje acredito que foi um dos melhores jogos. Saímos atrás, enfrentando uma equipe com um grande treinador, mexeu muito bem. Do meio para frente é uma equipe muito rápida. Fomos uma equipe firme, alternando ataques pelos dois lados. Futebol não é justo ou injusto, mas lamento por não ter conseguido a vitória. Mas felicitei meus jogadores”, disse.

O treinador do Bahia comentou sobre o bom momento de Edigar Junio. São nove gols marcados nos últimos oito jogos pelo atacante, gols importantes para que o time passasse a pensar em uma vaga na Libertadores da América. Para Carpegiani, a boa fase é fruto de um bom trabalho e voltou a lamentar o empate, que poderia ser fundamental para a aproximação da disputa do torneio continental pela segunda vez em sua história.

“Mérito é todo dele, jogador rápido, que tem porte, sabe aguentar as jogadas, e está sempre presente no momento crucial. Preenchimento de um excelente jogador em excelente fase. Está dando tudo certo para ele. É um belo jogador e me deixa extremamente satisfeito. Ele é o preenchimento final do que a equipe faz. É extremamente competente, ótimo jogador, excelente profissional e merece todo esse sucesso. Estou satisfeito, mas não pelo resultado. Nos sentimos um pouco decepcionados justamente por essa busca, mas não deu”, continuou.

Foto: Marcelo Malaquias|EC Bahia

Como conclusão de sua entrevista, Paulo Cézar Carpegiani abordou a evolução do elenco. De acordo com o treinador, a missão foi pensar jogo a jogo e nunca pensar em rebaixamento. Segundo suas palavras, a assimilação de sua exigência por parte de seus jogadores foi fundamental para o bom momento que o time apresenta na competição nacional.

“Disse hoje que eu sou muito perfeccionista. É um defeito que eu tenho, mas disse a eles que não vou tirar de mim. Vou estar cobrando sempre. Sou o máximo de exigência. ‘É um defeito que não vou tirar, vocês vão ter que me aguentar’, eu disse a eles. Acho que a equipe está evoluindo. A tendência é produzir cada vez mais. Daqui a pouco, não precisa mais ter ninguém no banco. Eles já sabem o que tem que fazer. Recuperação da posse de bola está excelente. Não precisa estar ali no banco. O time está sabendo o que está fazendo”, finalizou.

Sem tempo para descanso, o Bahia já vai iniciar a preparação para o duelo contra o Santos, válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2017, às 20 horas (horário de Salvador), na Arena Fonte Nova. O Tricolor da Boa Terra ocupa a nona colocação na tabela de classificação, com 46 pontos ganhos.