Um empate ruim para ambos e as metas estipuladas e disputadas semanas atrás não foram atingidas. Na tarde deste domingo (3), o Bahia empatou com o São Paulo no Morumbi por 1 a 1, na última rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2017. Ao fim das contas, a classificação à Libertadores da América virou uma miragem, mas os times irão disputar torneios continentais na próxima temporada com vaga na Copa Sul-Americana.

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Após o jogo, o técnico Paulo César Carpegiani concedeu entrevista coletiva e destacou que a vaga no torneio mais importante das Américas ficou distante com a derrota para a Chapecoense na última rodada, diante de sua torcida. Vale destacar que a Chape derrotou o Coritiba no último minuto e garantiu participação na competição internacional. Carpegiani também expôs sua opinião sobre o lance que resultou no gol do São Paulo.

“Nós perdemos a classificação em casa, para a Chapecoense. Hoje, mesmo que tivéssemos ganhado, não íamos alcançar a pontuação. Perdemos a nossa classificação para a Libertadores em casa. Hoje nós, junto com o São Paulo, fizemos um bom jogo. Criamos oportunidades. O São Paulo também. Mas acabou fazendo a diferença aquela atrasada de bola. Eles acabaram fazendo o gol e aí modificou a situação do jogo. Não tem muito a lamentar, é lamber a ferida. Hoje foi um resultado normal, empatar com o São Paulo no Morumbi. De onde eu estava, não sei se houve o recuo. Mas o árbitro estava bem colocado. Se ele marcou, foi uma falha nossa, que ali fez a diferença na partida. Estávamos muito melhores. Após aquele lance, o time sentiu. O São Paulo cresceu. Nós tivemos a felicidade de empatar. O resultado foi merecido. O que eu posso lamentar não é em si o resultado”, disse.

O treinador do Bahia também falou sobre a preparação física do elenco. Carpegiani destacou que alguns jogadores precisavam ser preservados a fim de evitar desgaste, uma vez que suas importâncias para o elenco eram grandes. Porém, com a alta carga de jogos e pouco tempo de descanso, houve prejuízo no coletivo, segundo seu ponto de vista.

“No início, chiei muito com a preparação física, porque havia necessidade disso. O Edigar Junio, o Renê Júnior, Allione tivemos um cuidado especial. Com os principais jogadores, para não haver desgaste e para que eles pudessem jogar, pela importância deles. E nisso deu uma caída. Coincidentemente, nesses jogos, quando começamos a jogar quarta e domingo. Ali foi a base, contra o Sport. E mesmo depois, quando jogamos quarta e domingo, tivemos um cuidado especial. Jogadores importantíssimos, que deveriam jogar, mas que deveriam ter um tempo maior para recuperação. Não foi possível, e essa queda foi fatal para não conseguir a Libertadores. Foi o que aconteceu. Jogava de domingo em domingo, quinta ou sexta voltavam esses quatro ou cinco jogadores, titulares, com quem tivemos um cuidado para que pudessem jogar. Em compensação, na preparação, saiu um prejuízo na parte coletiva da equipe”, continuou.

Carpegiani comentou também sobre sua permanência no Bahia para 2018. O treinador desconversou e declarou apenas estar à vontade, esperar o resultado das eleições presidenciais e estar tranquilo independentemente do resultado do pleito e, consequentemente, de sua manutenção ou de sua saída.

“Não queria entrar nessa parte agora. Se tem eleição, quero deixar à vontade. Não gostaria de entrar em detalhes. Estou tranquilo. Se tivesse pensado, não tinha nem assumido, porque tinha jogos muito difíceis. Fizemos uma campanha boa, a preparação acabou prejudicando. Nunca falei em rebaixamento. Falei em jogo após jogo. E depois começamos, na medida em que começamos a pensar e mirar coisas a mais quatro ou cinco rodadas atrás. Mas vieram os inconvenientes e acabaram pesando”, concluiu o comandante do Esquadrão de Aço.

O Bahia encerrou a participação no Campeonato Brasileiro da Série A 2017 com 50 pontos ganhos, na 12ª colocação e garantiu a permanência na elite nacional por mais um ano. Em 2018, o Tricolor da Boa Terra irá disputar a Copa do Nordeste, o Campeonato Baiano, a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Copa Sul-Americana.