A primeira rodada da Copa do Nordeste 2018 realmente não foi para os mandantes. Nenhum deles saiu vencedor. O Bahia, atual detentor do torneio regional, entrou em campo na noite desta quinta-feira (18) e foi derrotado pelo Botafogo-PB na Arena Fonte Nova, em Salvador/BA, por 1 a 0. O gol marcado por Allan Dias foi crucial para o Tricolor da Boa Terra estrear com revés no primeiro jogo de Guto Ferreira no comando técnico após sua volta ao clube.

Na entrevista coletiva ocorrida momentos depois do jogo, o treinador deu seus pontos de vista sobre o jogo e apontou o pouco tempo para realização de trabalhos como principal motivo para os erros ocorridos em campo e, consequentemente, a derrota ao Belo.

“Não gosto de ficar colocando desculpas. A verdade é que o Botafogo-PB terminou a Série C, folgou novembro e começou a trabalhar em dezembro. Quando começamos a trabalhar, eles tinham feito três amistosos. Ficou evidente no início do jogo a velocidade, intensidade. Tivemos manutenção do nível de força, mas a parte de soltura das ações, eles estavam mais rápidos no início. A gente ainda carece de entrar no ritmo de jogo. Temos muito que melhorar, estou consciente disso. Mas tivemos coisas importantes, boas, e talvez situações que não foram melhores devido ao erro inicial que tivemos e tomamos o gol. Tirou tranquilidade. Criamos situações. O goleiro foi feliz em algumas delas. Basicamente foi isso”, explicou.

Na estreia do Bahia na temporada 2018, seis jogadores vestiram a camisa do clube pela primeira vez: Douglas, João Pedro, Léo, Nilton, Elber e, no decorrer da partida, Élton. Guto Ferreira expôs sua opinião sobre alguns erros cometidos por falta de entrosamento e avaliou o papel de cada um no duelo válido pela competição regional.

“É uma mudança drástica que teve. Os dois laterais são apoiadores, temos que buscar o equilíbrio dos volantes. Teve uma mudança no meio. O Nilton está em processo de entender como pensamos o jogo. Os laterais são acostumados a se soltarem, precisamos do equilíbrio. Muitas vezes eles se adiantavam e tiravam a linha de passe do zagueiro, que tentava por dentro, era interceptado e tomávamos o contra-ataque. No segundo tempo equilibramos e os empurramos para trás. Mas as bolas não entravam do jeito que tinham que entrar”, disse.

Em conclusão, Guto Ferreira descartou a possibilidade de repetir a formação tática usada diante do Botafogo-PB como razão única para entrosar a equipe. Muito pelo contrário, o técnico afirmou que o condicionamento físico no retorno da temporada é importante e será levado em consideração, e acredita que, com o tempo, as coisas irão se encaixar e a sintonia será vista dentro e fora das quatro linhas.

“A primeira coisa básica é a recuperação da parte física, estar totalmente solto. À medida que estão bem, podemos trabalhar mais situações para organizar da melhor maneira possível a equipe, que tem seis jogadores que transitam de um lado para outro, e quatro novos, em posição estratégica de arrumação e desarrumação. Temos que trabalhar, repetir, até entrosar. O quanto antes. Com o crescimento da parte física e mais tempo para entrosar, de trabalhar movimentos táticos, a equipe vai crescer e chegar onde a gente quer. Ainda existem peças que estão em fase de treinamento. O time está em formação. Na medida em que se avaliar necessidades, vamos trabalhar para buscá-las”, finalizou.

O Bahia volta a entrar em campo neste domingo (21). O Esquadrão de Aço vai encarar o Bahia de Feira no Estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana/BA, pela abertura do Campeonato Baiano, torneio este que o Tricolor busca o 47º título e pretende evitar o tricampeonato do arquirrival Vitória.