O clássico entre Vitória e Bahia, disputado na tarde deste domingo (18) no Barradão, vai ficar marcado pela confusão generalizada que resultou em nove expulsos e jogo encerrado aos 34 minutos do segundo tempo. O placar de 1 a 1 pode ser revertido em triunfo tricolor por 3 a 0, uma vez que o Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reza que, em caso de partida encerrada por um time não ter a quantidade mínima de jogadores em campo, o vencedor do jogo é a outra equipe por 3 a 0, o que caracteriza um W.O.

Clássico da Paz? Ba-Vi termina antes do tempo após confusão generalizada e nove expulsões

Gustavo Bellintani critica atitude do Vitória no Ba-Vi: "Lamentável, tem que saber perder"

Ao todo, vinte cartões foram distribuídos pelo árbitro Jaílson Macedo Freitas, nove vermelhos e 11 amarelos. Foram expulsos os zagueiros Kanu e Bruno Bispo, o meia Uillian Correia e os atacantes Rhayner e Denílson no Vitória; enquanto os zagueiros Rodrigo Becão e Lucas Fonseca, o volante Edson e o meia Vinícius receberam cartão vermelho pelo Bahia. Os ânimos acirrados no primeiro tempo resultaram em confusão generalizada a partir dos quatro minutos do segundo tempo, quando Vinícius empatou o jogo para o Esquadrão de Aço e comemorou de uma maneira que irritou os atletas rubro-negros.

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Após todas as confusões ocorridas no gramado, houve a coletiva de imprensa do técnico tricolor. Guto Ferreira criticou a postura leonina. De acordo com seu relato, após a expulsão de Uillian Correia, os rubro-negros teriam forçado a saída de mais um jogador – o zagueiro Bruno Bispo – para que o jogo fosse encerrado.

“Foi um triunfo do Bahia, mas que não tem aquele gosto porque não foi possível terminar como deveria terminar. Não cabe a nós julgar e tomar decisões por eles. Em outras partidas, tivemos essa dificuldade e sempre honramos e seguimos fortes até o final. Em dois Ba-Vis, saímos inferiorizados, com derrotas, mas, mesmo estando inferiores no número de jogadores, jogamos até o fim, buscando a vitória. Lutamos até o fim em respeito a nossos torcedores. Julgar, tomar decisões é muito difícil. Não cabe a mim. Na minha carreira, é inédito acabar dessa maneira. Volto a falar: não estou aqui para julgar ninguém”, afirmou.

O técnico do Bahia criticou a comemoração de Vinícius em frente à torcida do Vitória após o gol que empatou o jogo, mas afirmou que houve celebração semelhante no tento assinalado pela equipe rubro-negra e que não se pode justificar erros com outros erros.

“Eu acho que um erro não justifica o outro. Ele pode ter se passado, mas caberia à arbitragem, vocês da imprensa, fazerem a análise, e não satisfação da maneira que foi, até porque ele não ofendeu nenhum jogador. Ele comemorou, como eles comemoraram com dancinha quando fizeram o gol. Não podemos mais comemorar. Existe alguém no campo para tomar atitudes cabíveis. Eles que se desequilibraram, nos desequilibramos depois. Inicialmente nós nos prejudicamos mais que tivemos mais jogadores expulsos e dois no banco. Dentro de campo, eles se prejudicaram mais. Depois disso, não cabe a mim avaliar”, continuou.

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Em conclusão, Guto Ferreira fez uma avaliação de seus comandados durante o período que a bola rolou. O treinador deixou claro que a evolução acontece nos treinamentos realizados, embora ainda não seja na velocidade nem no ritmo que desejasse.

“Nosso time começou bem. Depois a equipe acabou se desequilibrando. Quando você perde a concentração, é prejuízo. Tomamos o gol. No intervalo, chamamos atenção e o grupo voltou bem, tanto que conseguimos logo o gol. O importante foi numa situação de inferioridade num clássico, voltar com força e buscar reverter o resultado”, concluiu o treinador.