Após o Botafogo ser derrotado pelo Vitória, de virada, em pleno Estádio Nilton Santos,  pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador Jair Ventura falou sobre a partida de sua equipe, que saiu atrás do placar, virou o jogo e tomou a virada com gols, respectivamente, aos 43 e 49 minutos do segundo tempo. O técnico lamentou as substituições forçadas por lesões e comparou o jogo de hoje com o jogo contra o São Paulo, onde o alvinegro também tomou a virada no fim.

"Muito parecido mesmo com a situação do (jogo) São Paulo, mas com uma história diferente. Terminamos com um jogador a menos e duas substituições por ordem médica. Pimpão voltando de lesão, com a mão o tempo todo na posterior. Brenner cansado, precisa de ritmo. Então quando perdemos o Victor e o Carli, só fiz uma substituição tática. E o (Vágner) Mancini foi jogando atletas descansados, colocou jogadores velozes, ganharam na parte física. Ficamos amarrados. O Vitória mais leve, mais fresco, a virada foi igual contra o São Paulo, mas teve essa questão que foi diferente. Todos os times querem vencer em casa, mas o Vitória fora de casa é muito perigoso.", disse.

Brenner, autor dos dois gols do Botafogo no jogo, foi alvo de elogios do treinador, apesar do resultado negativo. "Foi bem. Atacante vive de gols e fez dois. Mas cansou, precisa de ritmo. O Pimpão também. E ficamos um pouco vulneráveis pelo cansaço desses jogadores, o que se agravou mais ainda quando ficamos com um a menos. Fez total diferença. Tenho mais de 80 jogos e não costumo dar desculpa para derrota, mas ficou evidente essa situação", declarou.

Quando perguntado sobre a motivação da equipe depois de tomar a virada dentro de casa, nos acréscimos, Jair foi enfático e sinalizou: "Motivação, emocional, peso nenhum. Aqui não tem peso, não tem lástima, quando a gente perde, não se acha o pior time do mundo. Ficamos tristes por não dar alegria à nossa torcida. O Botafogo é gigante, tem de vencer, agora emocional? Já demos a volta por cima outras vezes, não vai ser uma derrota que vai fazer a gente acabar no Brasileiro"

O centroavante Roger, foi a notícia do final de semana após ser diagnosticado com um tumor renal e precisar ficar fora da temporada. O treinador botafoguense também falou sobre o assunto: "Vai fazer falta em tudo. É uma perda irreversível. Na ausência do Carli, é o capitão. Já virou meu amigo. A gente brinca que tem de ter uma distância com a imprensa e os jogadores com distância com os treinadores. Nunca saí com o Roger, mas a gente tem afinidade. É um cara que adoro, uma perda bem difícil, mas tudo que acontecer agora não será nada perto da situação de saúde. Nenhuma situação esportiva pode estar na frente da saúde. Troco qualquer coisa desse ano ou que poderemos ter pela recuperação dele. Estamos muito otimistas, ele também está. Se coloca no lugar do ser humano, um ano maravilhoso, fazendo gols, e tem de sair. Vamos dar força a ele, estamos com ele, é um cara positivo, e tenho certeza que vai tirar essa de letra".

O Botafogo volta à campo somente após a data FIFA, no dia 11 de Outubro, quarta-feira, quando receberá a Chapecoense, às 19h30, no Estádio Nilton Santos.