No estádio Libertadores da América, Independiente e Chapecoense começaram a decidir vaga pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana 2016. A representação brasileira fez grande partida, frustrou as ações adversárias e saiu de campo com o placar de 0 a 0.

Independiente, mesmo com todo repertório de ser sete vezes campeão da Copa Libertadores, campeão da Sul-Americana em 2010, não conseguiu com seu atual time se sobressair e vencer em casa. Equipe do técnico Caio Júnior foi firme, deu poucas brechas e deixa decisão para Santa Catarina, necessitando de uma vitória por qualquer placar. Empate com gols será favorável aos rojos.

A partida de volta será na próxima quarta-feira (28), na Arena Condá, em Chapecó. O vencedor deste confronto encara quem passar de Montevideo Wanderers e Junior de Barranquilla.

Chapecoense atenta na defesa no primeiro tempo

A bola rolou para a quinta participação do Independiente em oitavas de final da Sul-Americana, enquanto a Chapecoense buscou aproveitar sua segunda chegada. A primeira boa transição roja foi passe longo de Cristian Rodríguez para Vera chutar forte, mas por cima. Já aos 8 minutos, a Chape explorou uma jogada que costuma dar certo no Brasileiro: cruzamento em falta para William Thiego e a cabeçada foi pela linha de fundo.

Aos 11 minutos, a jogada do Independiente surgiu pela esquerda, lado bem explorado, com cruzamento por baixo de Tagliafico e William Thiego quase colocou contra, com a bola saindo próxima da trave direita. Os rojos tiveram mais o domínio e Kempes dependia da subida de algum companheiro para tentar complicar a saída de bola argentina.

Aos 23', mais isolado, Kempes conseguiu aproximação em jogada pela esquerda, cruzou fechado e a bola passou pelo goleiro Campaña e por toda a área, em lance de perigo da Chape. Os visitantes brasileiros estavam muito atentos e dificultaram as ações vermelhas. O jovem Lourenci puxou contra-ataque e Figal recebeu o cartão amarelo por ceifar a progressão alviverde. Cleber Santana cobrou a falta direto e mandou por cima.

No mais tardar da etapa inicial, nada a destacar, exceto um pedido de pênalti de Vera em lance com Thiego, quando realmente não houve falta do zagueiro brasileiro. A postura do time de Caio Júnior foi compacta e o adversário argentino não demonstrou inspiração ou alternativas para furar o bloqueio.

Equipes fazem modificações, mas placar em branco na ida

Com atraso no intervalo, as equipes se apresentaram para o segundo tempo. A troca na Chape foi a entrada de Lucas Gomes, para ajudar pelo setor direito. A primeira chance argentina foi em escanteio da direita. Rigoni cobrou rasteiro, ensaiado e Benítez chutou à direita da meta, sem muito perigo.

A posse de bola no primeiro tempo foi de 76% em favor dos mandantes e o panorama da etapa final não era diferente. Aos 13 minutos, o Independiente já estava todo postado no campo de ataque, com os zagueiros adiantados à intermediária ofensiva. Aos 16', Gimenez errou bote defensivo, o cruzamento partiu, veio muito alto e Vera cabeceou para fora.

Aos 19 minutos, uma saída de trás da Chape, Josimar foi ousado para finalizar de fora e o que era um chute sem perigo, quase terminou no ângulo em desvio do zagueiro: bola para escanteio. A cobrança de Cleber Santana foi direto aos braços de Campaña. Inacreditavelmente foi o lançamento do goleiro que acionou o veloz Barco, que invadiu a área e, cara a cara com Danilo, chutou cruzado para fora. O torcedor vermelho se inflamou com a chance, mas a Chape tratou de novamente esfriar a parada.

Somente aos 30 minutos, boa chance. Cruzamento da esquerda com cabeçada para defesa firme de Danilo, no centro da meta. Nesse tempo, Cristian Rodríguez deixou o campo para entrar Sanchez e Caio Júnior tirou Kempes para entrada de outro atacante, Bruno Rangel, maior artilheiro da Chapecoense.

Aos 42 minutos, Vera escorou de cabeça na entrada da área, serviu de passe para Rigoni, que chutou de canhota, torto, pela linha de fundo. No minuto seguinte, novo lançamento, Meza aproveitou falha da defesa, matou no peito e quase marcou, sendo travado na hora H. Após a cobrança de escanteio, no segundo cruzamento, Danilo sofreu falta, marcada pelo árbitro equatoriano. A pressão final foi rechaçada e a Chapecoense manteve o empate por 0 a 0 em Avellaneda.